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Figura 2: Modelo A: Leitura essencialista do registro histórico.

Uma pessoa com tendências homossexuais será um


homossexual, independente da época histórica. Modelo B: Leitura construtivista do registro histórico. Uma pessoa pode ou
não se tornar homossexual, dependendo da cultura e do período histórico em que foi criada.
Ideias centrais

Sexualidade é construída: “A sexualidade é tão produto da atividade humana como o são as dietas, os meios de transporte, os sistemas de etiqueta, formas de trabalho, tipos de entretenimento, processos de produção e modos de produção” (Rubin, G.).

corpos são construídos


Buck Angel

sexo gênero

sexualidade
Buck Angel são o que são na cultura. A cor da pele ou
“Os corpos
do cabelo; o formato dos olhos, do nariz ou da boca; a
presença da vagina ou do pênis; o tamanho das mãos,
a redondeza das ancas e dos seios são, sempre,
significados
sexo culturalmente e é assim gênero
que se tornam
(ou não) marcas de raça, de gênero, de etnia, até
mesmo de classe e de nacionalidade” (Louro, Marcas
do corpo, marcas do poder, p. 75).
Marcas dos corpos = marcas de poder
Buck
“NãoAngel
faria a cirurgia caso tivesse o dinheiro, pois este
pênis não seria funcional. Além disso, amo a minha
vagina e ela não me faz menos homem que nenhum
outro. Hoje, quero levar a minha mensagem para as
demais
sexo pessoas e provar que somos pessoas
gênero comuns”

Buck Angel.
Buck Angel

“[...] eu acho que discursos, na


verdade, habitam corpos. Eles se
sexo acomodam em corpos;gêneroos corpos na
verdade carregam discursos como
parte de seu próprio sangue. E
ninguém pode sobreviver sem, de
alguma forma, ser carregado pelo
discurso. Então, não quero afirmar que
haja uma construção discursiva de um
lado e um corpo vivido de outro”
(Prins e Meijer. Como os corpos se
tornam matéria: entrevista com J.
Butler, 2002).
Buck Angel

sexo gênero

Paródia de gênero: “Corpo? Corpo se fabrica... Eu não


fabriquei um agora?” (Vencato, 2002).
Um modelo = único sexo
- masculino.
Mulheres – homens
virados para dentro.
Vagina = pênis interno
Ovários = testículos.
Trompas de Falópio =
canais ejaculatórios.
Cap. Da linguagem e
da carne.
Modelo de dois sexos
opostos.
Modelo de dois sexos
opostos:
Existem dois sexos estáveis,
incomensuráveis e opostos e a
vida política, econômica e
cultural de mulheres e
homens baseia-se nesses
fatos.

Biologia [fundamento
epistêmico] – sexo do
Iluminismo.
Constituir a diferença e
controlá-la é um ato de poder
já que é essencialmente um ato
normativo. O conceito de
diferença constitui as mulheres
como diferentes. Homem e
mulher são conceitos políticos
de oposição. A diferença tem
como função mascarar os
conflitos de interesses em todos
os níveis (Wittig, M. El
pensamiento heterosexual,
1980).
Agora que os cientistas “sabem” que há
Ao final do século XIX, cientistas e médicos assumiram
“naturalmente” 6 tipos de pessoas: homens e
o controle: classificaram e rotularam muitas
mulheres heterossexuais, gays e lésbicas e homens e
variedades
mulheres bissexuais, podem procurar diferenças no
de sexo e gênero.
cérebro.
“Não, não, não! Um sodomita só se move para os
“Que diabos você está fazendo?”
lados!!”
“Veja! Sabemos que há seis categorias, mas por que?
Invertido / Normal / Safista / Sodomita
Deve haver uma pista aqui!”
Homossexual
“Mas, na melhor porcelana?”
Quantos sexos existem?
Dois sexos e seis gêneros! Aonde isso vai parar?
“Nas décadas finais do século XIX, homens vitorianos,
médicos e também filósofos, moralistas e pensadores
fazem ‘descobertas’, definições e classificações sobre
os corpos de homens e mulheres” (LOURO, Marcas do
corpo, marcas de poder, p. 78): homossexualidade
existia até aí, mas homossexuais não.
decadência social = decadência moral
Herança genética “corrupta”

Relações entre mulheres e homens


Problema do desvio sexual
Família
Questão da diferença
Normalização =
capitalismo/burguesia
Sexologia
Psicologia
Biologia
Antropologia
História
Sociologia
Igreja
Estado

Marcas de
poder/nova
configuração

ciência do sexo no século XIX se organizaria


como fisiologia da reprodução e como
medicina da sexualidade/sexualidade é
construída como um corpo de conhecimento. 
“Segundo Foucault, a influência das ciências
biológicas sobre as humanas no séc. XIX se deve ao
fato de que, ao abordarem a vida de grupos e
sociedades, e até a vida ‘psicológica’, essas ciências
não pensaram na estrutura interna do ser humano,
mas sim na bipolaridade médica do normal e do
patológico. Essa tendência geral a classificar como
patológicos estados de inconformidade revela uma
classificação moral e legal de um saber que se
constitui pela negação das diferenças individuais”
(MISKOLCI,
“ Reflexão sobre normalidade e desvio
social, p. 116, 2003).
Zelo classificador = categoria
dos anormais

Nadar, 1860
“A verdade do sexo toma o caráter de uma revelação visual”
(PRECIADO, Testo yonki. 2014).
Final do século XIX:
aparecimento das tecnologias
médicas do sexo

“pobre lírica do despropósito


sexual” (Foucault, p. 73) –
público-alvo: família
burguesa/reprodução
O Tratado de Krafft-Ebing constitui, nesse
momento histórico, um texto unificador dos
conhecimentos até então elaborados de
maneira esparsa e assistemática no campo
médico-psiquiátrico. Para definir a
normalidade em relação à qual determinados
comportamentos sexuais serão considerados
desviantes, Krafft-Ebing buscará recurso à
noção biológica, portanto natural, de
"preservação da espécie". O prazer obtido da
relação sexual será natural na medida em que
contribua para a reprodução. Todo erotismo
praticado fora desse contexto deverá ser
considerado como desviante/aberração.

Medicina das perversões + Programas de


eugenia (Foucault) – metáforas: perversão/
hereditariedade/degenerescência (racismo de
Estado/eugenia) – p. 136.
Projeto
político/colonizador:
expansão da força,
vigor, saúde,
vida/descendência –
valorização do corpo
ligada ao processo de
estabelecimento da
hegemonia burguesa.
Biopolítica:
Higiene do corpo

Arte da longevidade

Métodos para ter filhos


com boa saúde

Descendência humana
Proliferação secular do corpo: a sexualidade é originária
Sexo

Instinto natural

Força e energia
absolutamente
avassaladora

Exige satisfação

Essencialismo sexual
“O sexo penetra a
pessoa inteira; a
constituição sexual de um
homem é parte de sua
constituição geral. Há uma
considerável verdade na
expressão: ‘um homem é
aquilo que o seu sexo é’
(Ellis, 1946,p. 3).
Questões

1)Biologia está na raiz das explicações/Sexo é


imutável, a-social, transhistórico;

2)Sexo é visto como essencial na feitura


corporal (ele nos constitui)

3)Linguagem avassaladoramente masculina


“A sexualidade é o nome que se pode dar a
um dispositivo histórico: não à realidade
subterrânea que se apreende com
dificuldade, mas a grande rede de
superfície em que a estimulação dos
corpos, a intensificação dos prazeres, a
incitação ao discurso, a formação dos
conhecimentos, o reforço dos controles e
das resistências, encadeiam-se uns aos
outros” ” (Foucault, 1993, p. 117).
Dimensões sociais da sexualidade (p. 52): decadência social
= decadência moral

Sociedade disciplinar:
Sexualidade das mulheres -> mulher histérica
Pedagogização do sexo e da criança - > guerra ao onanismo
Socialização das condutas de procriação.
Psiquiatrização do prazer perverso -> homossexual

Histeria

Augustine
Consultado, o Dr. J. Guerin afirmou que, depois de ter
experimentado em vão outros tratamentos, ele conseguira
curar meninas viciadas em onanismo queimando os seus
clitóris com um ferro quente... Eu aplico a ponta quente três
vezes em cada grande lábio e uma no clitóris... Depois da
primeira operação, o número de espasmos voluptuosos, que
era de catorze a quinze vezes por dia, diminuiu para três ou
quatro... Acreditamos, pois, que em casos semelhantes
àqueles que nos foram apresentados, não se pode hesitar em
recorrer ao ferro quente, e o mais cedo possível, para
combater o onanismo clitoriano e vaginal em meninas.
(ZAMBACO, Demetrius. Onanism and Nervous Disorders in
Two Little Girls. In: PERALDI, François. (ed.) Polysexuality,
Semiotext(e), vol. IV, nº 1, 1981, pp.31, 36).
Sistema hierárquico de valores

Retirado de Rubin, G. Pensando o sexo: notas para uma teoria radical


das políticas da sexualidade, 1984.
Retirado de Rubin, G. Pensando o sexo: notas para uma teoria radical das políticas da
sexualidade, 1984.
Apartheid sexual
Topo de hierarquia: saúde mental certificada,
respeitabilidade, legalidade, mobilidade social e física,
suporte institucional, benefícios materiais.

SISTEMA DE LEGISLAÇÃO SEXUAL = RACISMO


LEGALIZADO (Rubin, G.).
Sexualidade = instituição social violenta (Wittig, M.)

Abaixo na escala: doença mental, má reputação,


criminalidade, mobilidade social e física restrita, perda
de suporte institucional e sanções econômicas.
“Esse tipo de moralidade sexual tem mais em comum
com as ideologias do racismo do que com uma
verdade ética. Concede virtude aos grupos
dominantes e relega o vício aos não privilegiados.
Uma moralidade democrática deveria julgar os atos
sexuais pela forma através das quais um parceiro trata
o outro, o nível de consideração mútua, a presença ou
ausência de coerção, e a quantidade e qualidade dos
prazeres que eles proporcionam. Quer os atos sexuais
sejam heteros ou gays, em casal ou em grupo, nus ou
com roupa íntima, comercial ou não-comercial, com
ou sem vídeo, não deveriam ser preocupação éticas”
(Retirado de Rubin, G. Pensando o sexo: notas para uma
teoria radical das políticas da sexualidade, 1984).
Identidade como destino
Como resistência
Como escolha.

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