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GESTÃO

AMBIENTAL

Prof. MSc. Eder Fonzar Granato


INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Graves problemas de poluição;
Degradação ambiental e social;
Influencia negativa na qualidade de vida.

CONSERVAÇÃO DISCUSSÕES ATUAIS


EA SOBRE DESAFIOS DA
PAUTA
PROTEÇÃO DO SOCIEDADE
OBRIGATÓRIA
MEIO CONTEMPORÂNEA
AMBIENTE

Granato E.F.
NESTE
NESTE SENTIDO
SENTIDO O
O CURSO
CURSO DE
DE
  
  

BUSCA
BUSCA OFERECER
OFERECER AOS
AOS PARTICIPANTES
PARTICIPANTES
UMA
UMA FORMAÇÃO
FORMAÇÃO QUE
QUE CONTRIBUA
CONTRIBUA
TANTO
TANTO PARA
PARA O
O DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO DEDE
SEU
SEU CONHECIMENTO
CONHECIMENTO PESSOAL
PESSOAL QUANTO
QUANTO
PARA
PARA SUA
SUA PRÁTICA
PRÁTICA PROFISSIONAL.
PROFISSIONAL.

Granato E.F.
CONCEITOS
CONCEITOS DE
DE SUPORTE
SUPORTE
MEIO AMBIENTE;

MEIO AMBIENTE COMO SISTEMA;

MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL;

MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL;

MEIO AMBIENTE E PARTICIPAÇÃO.

Granato E.F.
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL

SISTEMA MEIO AMBIENTE PARTICIPAÇÃO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE COMO
COMO
SISTEMA
SISTEMA
SISTEMA FECHADO: NÃO HÁ TROCA COM
O MEIO EXTERNO.

SISTEMA ABERTO: QUANDO EXISTEM


FLUXOS CONTÍNUOS DE ENERGIA,
MATÉRIA E INFORMAÇÃO COM O
AMBIENTE EXTERNO.

ENTRADAS TRANSFORMAÇÃO SAÍDAS

Granato E.F.
Podemos entender o meio ambiente
como um sistema aberto.
PARA REFLETIR:
“Quando trabalhamos com sistemas
submetidos a flutuações, como os
sistemas vivos, os experimentos que
planejamos e as possíveis soluções
que traçamos, frente aos problemas,
não podem estar estabelecidos como
certezas absolutas, mas sim em termos
de probabilidade, de modo que a
incerteza, o acaso, sejam reconhecidos
como elementos da própria vida”.
Granato E.F.
POR
POR DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO::

““SISTEMA
SISTEMA COMPÕE-SE
COMPÕE-SE DE DE PARTES,
PARTES, OU OU
ELEMENTOS,
ELEMENTOS, INTER-RELACIONADOS.
INTER-RELACIONADOS. ISSO ISSO
ACONTECE
ACONTECE COMCOM TODOS
TODOS OS OS SISTEMAS
SISTEMAS
MECÂNICOS,
MECÂNICOS, BIOLÓGICOS
BIOLÓGICOS EE SOCIAIS.
SOCIAIS.
TODOS
TODOS OSOS SISTEMAS
SISTEMAS TÊMTÊM PELO
PELO MENOS,
MENOS,
DOIS
DOIS ELEMENTOS
ELEMENTOS EMEM INTER-RELAÇÃO.
INTER-RELAÇÃO. NUM
NUM
SISTEMA,
SISTEMA, O
O TODO
TODO NÃO
NÃO ÉÉ APENAS
APENAS A A SOMA
SOMA
DAS
DAS PARTES;
PARTES; OO PRÓPRIO
PRÓPRIO SISTEMA
SISTEMA PODE
PODE
SER
SER EXPLICADO
EXPLICADO APENAS
APENAS COMO
COMO
TOTALIDADE”.
TOTALIDADE”.
KAST
KAST && ROSENWEIG
ROSENWEIG (1976).
(1976).
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE E
E
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
SUSTENTÁVEL
““A
A idéia
idéia de
de desenvolvimento
desenvolvimento foifoi aa idéia
idéia chave
chave dos
dos
anos
anos pós-guerra.
pós-guerra. Havia
Havia umum mundo,
mundo, ditodito
desenvolvido,
desenvolvido, dividido
dividido em
em dois
dois (capitalista
(capitalista ee
socialista).
socialista). Ambos
Ambos apresentaram
apresentaram ao ao terceiro
terceiro
mundo
mundo seuseu modelo
modelo dede desenvolvimento
desenvolvimento gerando
gerando aa
crise
crise mundial
mundial do do desenvolvimento,
desenvolvimento, deparando-se
deparando-se
diretamente
diretamente com
com oo problema
problema cultural/civilizacional
cultural/civilizacional
ee ecológico,
ecológico, provocando
provocando oo subdesenvolvimento”.
subdesenvolvimento”.
MORIN
MORIN (1995).
(1995).

Granato E.F.
SUSTENTÁVEL: adjetivo de dois gêneros. Que pode
ser sustentado; possível de sustentação. (HOAISS,
2001)

   Desenvolvimento
 Desenvolvimento sustentável
sustentável éé
aquele
aquele que
que atende
atende às
às necessidades
necessidades do
do
presente,
presente, sem sem comprometer
comprometer aa
possibilidade
possibilidade das
das gerações
gerações futuras
futuras de
de
atenderem
atenderem às às suas.
suas. (Nosso
(Nosso Futuro
Futuro
Comum,
Comum, 1988)
1988)

Granato E.F.
ETAPA PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS
Baseada na percepção dos problemas ambientais localizados.
As ações para coibir as práticas são de natureza reativa,
1ª corretiva e repressiva. A atividade típica é o controle da
poluição para combater os efeitos gerados pelos processos de
produção e consumo.
A degradação ambiental é percebida com um problema
generalizado, porém, ainda confinada aos limites territoriais dos
Estados Nacionais. A gestão inadequada dos recursos é
2ª apontada como causa básica dos problemas. As práticas
anteriores (corretiva e repressiva) acrescentam-se novos
instrumentos de intervenção governamental, voltados para a
prevenção da poluição e melhoria dos sistemas produtivos.
A degradação ambiental é percebida como um problema
planetário que decorre do tipo de desenvolvimento praticado
pelos países. Questionam-se as políticas e as metas de
desenvolvimento dos Estados Nacionais, baseado numa visão
3ª economicista; contesta-se as relações internacionais entre os
países desenvolvidos e em desenvolvimento. Conclui-se que as
soluções para os problemas globais não se reduzem apenas à
degradação do meio físico e biológico, e que o desenvolvimento
deve incorporar, sendo econômico, social, político e cultural.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE E
E
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AMBIENTAL
“É indispensável o trabalho de educação em
questões ambientais, dirigido às gerações jovens
como aos adultos, e que preste a devida atenção
ao setor da população menos privilegiado, para
ampliar as bases de uma opinião bem informada
e de uma conduta de indivíduos, de empresas e
de coletividade, inspirada no sentido de sua
responsabilidade em relação à proteção e
melhoria do meio em todas as dimensões
humanas”.(Estocolmo, 1972).

Granato E.F.
“... para assegurar a efetividade desse
direito (meio ambiente ecologicamente
equilibrado) cabe ao Poder Público:
promover a Educação Ambiental em
todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para
preservação do meio ambiente”.
(Constituição Federal, Artigo 225 1°).

Granato E.F.
“Entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimento, habilidades,
atitudes e competências, voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sustentabilidade”.(Lei
Federal n°9795 de 27/04/99 – Dispõe sobre
a educação ambiental e institui a Política
Nacional de Educação Ambiental.
CAPÍTULO I, art.1°).

Granato E.F.
Conjunto
Conjuntode
desuporte
suporteque
quenos
nosauxilia
auxiliana
nacompreensão
compreensãodo
doconceito:
conceito:

SUPORTE ELEMENTOS
Desenvolver a compreensão da natureza sistêmica e complexa do Meio Ambiente;
Revisar valores e atitudes - vínculo entre pensamento e ação;
Vincular desenvolvimento com Meio Ambiente;
ÉTICA Gerar e exercitar a solidariedade sincrônica e diacrônica (gerações presentes e
futuras);
Possibilitar a construção de uma nova racionalidade ambiental (ética do
conhecimento, ética da responsabilidade).

Pensamento Complexo/Ação Complexa – avaliação e compreensão dos problemas


CONCEITO sócio-ambientais, incorporando aspectos de inter-relação sistêmica (Global x Local,
Produto x Processo, Teoria x Prática).

Enfoque sobre sistemas complexos – teoria não só da realidade, mas também da


ação;
Multi e Interdisciplinaridade – novas práticas sociais e científico-tecnológicas;
Resolução de problemas – novos enfoques para a construção de soluções complexas
METODOLOGIA – caráter ativo;
Tomada de decisões – pesquisa-ação, participação e gestão sócioambiental;
Identificação de decisões – pesquisa-ação, participação e gestão sócioambiental;
Identificação e concretização das potencialidades ambientais.

Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE EE
PARTICIPAÇÃO
PARTICIPAÇÃO
A participação pode ser entendida como a contribuição
que cada segmento da sociedade pode oferecer para o
estabelecimento do equilíbrio ambiental do planeta.
 
Para se perceber a importância dos processos
participantes deve-se medir os resultados das contribuições
e seus avanços para com a reversão do quadro de
degradação global.
 
Analisa-se pelas atividades práticas globais ou locais, e
não apenas pelo desenvolvimento das concepções teóricas
sobre o tema.

Granato E.F.
Antrópico
Relativo à humanidade, à
sociedade humana, à ação
humana. Termo empregado para
qualificar: um dos setores do
meio ambiente, o meio
antrópico, compreendendo os
fatores sociais, econômicos e
culturais; um dos subsistemas
do sistema ambiental, o
subsistema antrópico.(FEEMA,
1990).
Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE
 O entendimento do conceito de ambiente ou meio
ambiente está em constante processo de
construção.

 REDUNDÂNCIA: Durante a Conferência das Nações


Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo,
1972), a imprecisão semântica das traduções do
inglês acabou por gerar o termo meio ambiente
como de uso comum, em lugar de utilizar-se um
deles (ou meio ou ambiente).

 A partir da década de 60, iniciou-se oficialmente


discussão mais ampla na busca de integrar os
“ambientes” físicos aos sociais.

Granato E.F.
ANO MEIO-AMBIENTE DEFINIÇÕES
Condições ou forças que envolvem ou modificam: o complexo de
fatores que atam sobre um organismo vivo, ou uma comunidade
1976 ecológica determinando sua forma e sobrevivência, agregando
condições sociais e culturais.(WEBSTER’S, 1976)
Conjunto de componentes naturais e sociais, e suas interações
em um determinado espaço de tempo, no qual se dá a dinâmica
das interações sociedade-natureza e suas conseqüências, no
1988 espaço que habita o ser humano, o qual é parte integrante deste
todo. Dessa forma, o ambiente é gerado e construído ao longo do
processo histórico de ocupação e transformação do espaço da
sociedade. (GUTMAN, 1988)

Qualquer espaço de interação e suas conseqüências entre a


1992 sociedade (elementos sociais, recursos humanos) e a Natureza
(elementos ou recursos naturais). (QUIROZ e TRELLEZ, 1992).

Granato E.F.
PRINCIPAIS
PRINCIPAIS ELEMENTOS
ELEMENTOS AA
SEREM
SEREM COMPREENDIDOS
COMPREENDIDOS
SOBRE
SOBRE MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE

QUAL A QUAL A
QUAIS OS
NATUREZA E SOCIEDADE E
PROCESSOS
QUAL A QUAL A
DE INTERAÇÃO
DINÂMICA DE DINÃMICA DE
COM AS
SUAS SUAS
DINÂMICAS?
RELAÇÕES? RELAÇÕES?

Granato E.F.
MEIO AMBIENTE FÍSICO OU
NATURAL
   Clima
A atmosfera:
-        Buraco na camada de ozônio;
-        Efeito estufa;
-        Chuva ácida;
-        Contaminação dos espaços interiores.

 Solo
A superfície terrestre:
-        Salinização;
-        Ocorrência de processos erosivos;
-        Uso de terras agrícola para outros fins;
-        Desertificação.

Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE FÍSICO
FÍSICO OU
OU
NATURAL
NATURAL
 Flora e Fauna
Todos os organismos vivos que se desenvolvem n
biosfera.

 Minerais
Corpos inorgânicos naturais, de composição químic
e estrutura cristalina definida.

Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE FÍSICO
FÍSICO OU
OU
NATURAL
NATURAL
 Água:

Sem água não há vida:


-Ciclo hidrológico;
-Contaminação das águas;
-71% da superfície terrestre = oceanos (constante
degradação);
-8 milhões de toneladas/ano de petróleo
-44% dos locais de pesca = exploração intensiva
-16% exploração em excesso
-10% dos arrecifes de corais se acham irrecuperáveis
- 30% em processo de degradação

Granato E.F.
RECOMENDA-SE:
RECOMENDA-SE:
 redução
redução do
do despejo
despejo de
de resíduos;
resíduos;
 tratamento
tratamento de
de águas
águas
contaminadas;
contaminadas;
 potencializar
potencializar técnicas
técnicas de
de
captação
captação ee armazenamento;
armazenamento;
 redução
redução do
do desperdício.
desperdício.
Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE FÍSICO
FÍSICO OU
OU
NATURAL
NATURAL
  Energia
Recurso mais misterioso da natureza,
associado ao movimento, em conjunto com
a matéria, forma o mundo, o cosmo.

 Resíduos Sólidos
Todo o rejeito resultante dos vários
processos existentes no planeta. (aterros
sanitários, incineração, compostagem e
reciclagem).

Granato E.F.
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE MUNDIAL
MUNDIAL --
MARCOS
MARCOS REFERENCIAIS
REFERENCIAIS
1. ATUAÇÕES
1. ATUAÇÕES MUNDIAIS:
MUNDIAIS:

1.1.
1.1. O
O Primeiro
Primeiro Informe
Informe do
do Clube
Clube de
de Roma:
Roma:
1972
1972 –– “Limites
“Limites de
de Crescimento”
Crescimento” –– reconhece
reconhece que
que “não
“não pode
pode
haver
haver crescimento
crescimento infinito
infinito com
com recursos
recursos finitos”.
finitos”.
  
Cinco
Cinco fatoresfatores que
que determinam
determinam ee limitam
limitam oo crescimento
crescimento do
do
planeta:
planeta:
        aa população;
--        população;
        aa produção
--        produção agrícola;
agrícola;
        os
--        os recursos
recursos naturais;
naturais;
        aa produção
--        produção industrial;
industrial;
        aa poluição.
--        poluição.

Granato E.F.
1.2.
1.2. A
A Conferência
Conferência das
das Nações
Nações Unidas
Unidas em
em
Estocolmo:
Estocolmo:

1972
1972 –– Também
Também denominada
denominada Conferência
Conferência
sobre
sobre oo Meio
Meio Humano
Humano –– ONU.
ONU.

Participaram
Participaram 113
113 nações,
nações, surgindo
surgindo oo PNUMA
PNUMA
–– Programa
Programa dasdas Nações
Nações parapara oo Meio
Meio
Ambiente,
Ambiente, elaborando
elaborando aa “Estratégia
“Estratégia
Mundial
Mundial de
de Conservação
Conservação da
da Natureza”,
Natureza”,

Granato E.F.
1.3.
1.3. O
O INFORME
INFORME DA
DA COMISSÃO
COMISSÃO BRANDT-
BRANDT-
PROGRAMA
PROGRAMA PARA
PARA A
A SOBREVIVÊNCIA
SOBREVIVÊNCIA E
E
CRISE
CRISE COMUM.
COMUM.

1982
1982 –– Realçou
Realçou aa sociedade
sociedade como
como um
um sistema
sistema
frágil
frágil ee interdependente,
interdependente, sendo
sendo que
que osos
problemas
problemas comcom meio
meio ambiente,
ambiente, energia,
energia,
ecologia
ecologia ee setores
setores econômicos
econômicos ee
comerciais,
comerciais, sósó poderá
poderá ser
ser resolvidos
resolvidos em
em
nível
nível internacional.
internacional.

Granato E.F.
1.4. O INFORME DO INSTITUTO WORLD WATCH
É um informe sobre o estado do mundo realizado
anualmente desde 1984.
Denunciou em 1997, que cinco anos após a realização da
Cúpula da Terra do Rio de Janeiro, a maioria dos
governos do mundo não cumpriam as recomendações.
Desde 1992:
-a população mundial cresceu 450 milhões de habitantes;
-vastas áreas de florestas foram devastadas;
-as emissões de dióxido de carbono procedentes de
combustíveis fósseis, principal causa do efeito estufa,
atingiu sua cota mais alta;
-culpa pela falta de cumprimento dos compromissos: EUA,
Indonésia, China, Brasil, Rússia, Japão, Alemanha e
Índia. Que representam 56% da população mundial, 53%
da superfície florestal da
Terra e 58% das emissões de CO22.
Granato E.F.
1.5. INFORME DE BRUTLAND

1987 – denominado “Nosso Futuro Comum”,


introduziu-se o conceito de
Desenvolvimento Sustentável.

1.6.
1.6. PROTOCOLO
PROTOCOLO DE
DE MONTREAL
MONTREAL

16 de setembro de 1987 – foi proclamado


pela ONU com Dia Internacional de
Preservação da Camada de Ozônio.
 
Participação de 46 países.

Granato E.F.
1.6.1. ATUAÇÃO DO BRASIL
Aderiu ao protocolo em 1990.
PBCO em 1994 – Programa Brasileiro da
Produção e do Consumo de Substâncias que
Destroem a Camada de Ozônio.
PROZON em 1995 – Comitê Executivo
Interministerial para a Proteção da Camada de
Ozônio.
Medidas Gradativas para eliminação das SDO –
Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio-
1995.
Institui-se 16 de setembro como dia do Ozônio.

Granato E.F.
1.7.
1.7. A
A PRIMEIRA
PRIMEIRA CÚPULA
CÚPULA DA
DA
TERRA
TERRA (1992)
(1992) –– ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
PARA
PARA O
O FUTURO
FUTURO
Celebrada em junho 1992 – Rio de Janeiro.
Representantes de 179 países.
Participação de funcionários da ONU.
Representantes de governos municipais.
Grupos de pesquisadores.
Empresários
ONG’s.
Mais ampla reunião realizada à nível mundial.

Granato E.F.
Em
Em paralelo
paralelo realizou-se
realizou-se o
o
Fórum
Fórum Mundial
Mundial 92.
92.
Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável.
Agenda 21.
Declaração de Princípios Relativos a
Florestas.
Convênio Marco das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas.
Convênio sobre Biodiversidade.

Granato E.F.
A
A DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO DO
DO RIO
RIO
A Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento,
contempla 27 princípios que
pretendem estabelecer as bases
para um desenvolvimento
sustentável.

Granato E.F.
A AGENDA 21
É um programa global elaborado e aprovado
na Cúpula da Terra, desenvolvendo um
plano de ação para a década de 90 e início
do século XXI, tendo como base o
desenvolvimento sustentável e a proteção
ambiental, cada vez mais interdependentes.
 
Está organizado sob a forma de livro
contendo 40 capítulos, divididos em 4
seções.

Granato E.F.
AA DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO DE
DE
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIOS RELATIVOS
RELATIVOS ÀS
ÀS
FLORESTAS
FLORESTAS
Apresenta
Apresenta 1515 princípios
princípios que
que
pretendem
pretendem uma uma série
série de
de
medidas
medidas para
para prevenirem
prevenirem oo
desmatamento
desmatamento (não (não possui
possui
força
força jurídica).
jurídica).
O
O CONVÊNIO
CONVÊNIO MARCO
MARCO DAS
DAS
NAÇÕES
NAÇÕES UNIDAS
UNIDAS SOBRE
SOBRE A
A
MUDANÇA
MUDANÇA CLIMÁTICA
CLIMÁTICA
1992 – Cúpula da Terra;  
1995 – Berlim, Alemanha, a 1ª Conferência;
1996 – Genebra, Suíça, a 2ª Conferência; 
1997 – Kioto, Japão, a 3ª Conferência; 
1998 – Buenos Aires, Argentina, a 4ª
Conferência; 
1999 – Bonn, Alemanha, a 5ª Conferência;
Granato E.F.
No
No“Protocolo
“Protocolode deKioto”,
Kioto”, os
os países
paísesindustrializados
industrializadosse se
comprometem
comprometemaareduzirreduziras
asemissões
emissõesde degases
gasestóxicos
tóxicosem em
5,2%,
5,2%,dede2008
2008aa2012,
2012, mantendo
mantendo os os níveis
níveisde
de1990.
1990.
  
Para
Parater
ter valor
valor jurídico
jurídicoeste
esteprotocolo
protocolodeveria
deveriaser
serratificado
ratificadopor
por
55
55países,
países, porém
porém os osEUA
EUAeeoutras
outraspotências
potênciasnão
nãooofizeram.
fizeram.

Os EUA, com apenas 5% da


população mundial, produzem
mais de 25% das emissões
totais de CO2 do planeta.

Granato E.F.
O
O CONVÊNIO
CONVÊNIO SOBRE
SOBRE A
A
BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE
Este convênio obriga os países
desenvolvidos a pagarem aos
países em desenvolvimento
pela utilização de seu
material genético (EUA não
assinaram).

Granato E.F.
1.8.
1.8. A
A CONFERÊNCIA
CONFERÊNCIA HABITAT
HABITAT II
II
(1996).
(1996).
Este programa pretende melhorar as
condições de vida da humanidade, tendo
como base o desenvolvimento sustentável.
As atividades focam a promoção de moradias
para todos, o desenvolvimento da
governabilidade urbana, a redução da
pobreza urbana, a oferta do meio
ambiente limpo, o manejo de desastres e a
reabilitação após conflitos.

Granato E.F.
1.9.
1.9. A
A 2ª
2ª CÚPULA
CÚPULA DA
DA TERRA
TERRA --
1997
1997
Celebrada em N. York –
1997, revisando os
compromissos firmados no
Rio em particular a
Agenda 21.

Granato E.F.
1.10.
1.10. PROTOCOLO
PROTOCOLO DE
DE PROTEÇÃO
PROTEÇÃO
DA
DA ANTÁRTIDA
ANTÁRTIDA –– 1998
1998

Baseado na importância estratégica da


região, vários países assinaram este
tratado, no qual firmam o compromisso
da utilização da Antártida somente para
fins pacíficos e de cooperação
internacional, para o desenvolvimento de
pesquisas científicas.
Firmado por 27 nações, inclusive o Brasil,
que se comprometem a não explorar os
recursos naturais que ali se encontram.
Granato E.F.
1.11
1.11 ATUAÇÃO
ATUAÇÃO DAS
DAS ONG’s
ONG’s
As mais conhecidas:

-   WWF: World Wildlife Fund;


- UICN: União Internacional para
Conservação da Natureza;
- Federação de Amigos da Terra;
- Greenpeace.

Granato E.F.
O termo ONG (Organização Não-
Governamental) vem dos países do Norte
(NGOs – Nom-Governamental
Organization), referindo-se às entidades
ou agências de cooperação financeira, e
também a projetos de desenvolvimento ou
assistencialistas, em favor das populações
desprivilegiadas do Primeiro e do Terceiro
Mundo, incluindo a participação da
sociedade civil organizada (diferente do
Estado e do Mercado).

Granato E.F.
MEIO AMBIENTE NO BRASIL
    1.
     1.BIOMAS
BIOMAS BRASILEIROS
BRASILEIROS –– NATUREZA
NATUREZA EE
IMPACTOS
IMPACTOS ANTRÓPICOS
ANTRÓPICOS
  
OO Brasil
Brasil tem
tem uma
uma área
área dede 8,5
8,5 milhões
milhões dede km2,
km2,
ocupando
ocupando quase
quase aa metade
metade da da América
América do do Sul.
Sul.
Possui
Possui várias
várias zonas
zonas climáticas,
climáticas, que
que incluem
incluem oo
trópico
trópico úmido
úmido no
no norte,
norte, oo semi-árido
semi-árido no
no nordeste
nordeste ee
áreas
áreas temperadas
temperadas no no sul.
sul. Estas
Estas diferenças
diferenças
climáticas
climáticas contribuem
contribuem para para aa diversificação
diversificação
ecológica,
ecológica, formando
formando zonas
zonas biogeográficas
biogeográficas
distintas
distintas chamadas
chamadas biomas.
biomas.

Granato E.F.
1.1) AMAZÔNIA: maior formação
florestal do planeta, condicionada
pelo clima equatorial úmido,
abrangendo cerca de 47% do
território nacional.

Granato E.F.
1.2) FLORESTA ATLÂNTICA:
variabilidade climática ao longo de sua
distribuição muito grande, abrangendo
desde climas temperados superúmidos no
extremo sul até tropical úmido e semi-
árido no nordeste, acentuando-se pelo
relevo acidentado da zona costeira.

Granato E.F.
1.3) CERRADO: ocupa a região do Planalto
Central brasileiro, cerca de 22% do
território nacional, seu clima apresenta
duas estações bem definidas, com
fisionomias variadas, desde campos
limpos desprovidos de vegetação lenhosa
ao cerradão, com formação arbórea
densa, permeada por matas ciliares e
veredas, acompanhando os cursos d’água.

Granato E.F.
1.4) CAATINGA: extensa região do
Nordeste brasileiro, ocupando 70% da
sua área, ou 11% do território
brasileiro, cuja vegetação apresenta a
queda das folhas como estratégia
fundamental para sobreviver às
épocas de estiagem.

Granato E.F.
1.5) PANTANAL: maior planície de
inundação contínua do planeta,
coberta por vegetação
predominantemente por vegetação
aberta, representando 1,8% do
território nacional, sendo uma área de
transição entre o Cerrado e a
Amazônia.

Granato E.F.
1.6) CAMPOS: encontrado no Rio
Grande do Sul, montanhas de Minas
Gerais, ilha do Bananal, ilha de
Marajó, Roraima e lugares altos da
Amazônia.

Granato E.F.
1.7) ZONA COSTEIRA E MARINHA:
geralmente associados à Mata
Atlântica, devido à sua proximidade,
desenvolvem-se as restingas, onde
percorrem formas rastejantes até
formas arbóreas, manguezais, campos
salinos, praias e rochedos colonizados
por algas.

Granato E.F.
Granato E.F.
2. PRINCIPAIS PROBLEMAS
AMBIENTAIS NO BRASIL

Granato E.F.
PARA TUDO NA VIDA TEM UM PREÇO

“É MAIS DIFÍCIL O MUNDO ACABAR DEVIDO A UMA


GUERRA NUCLEAR OU UMA CATÁSTROFE
QUALQUER, DO QUE ACABAR PELA DESTRUIÇÃO
QUE NÓS, HUMANOS ESTAMOS PROVOCANDO EM
NOSSO PLANETA”.
(2007)
TERRITÓRIO EM TRANSFORMAÇÃO

ÁREATOTAL ÁREA RIOS E ÁREA


TOTAL
ORIGINAL REMANESCENTE LAGOS DESMATADA
Ecossistema mil km2 %* mil km2 %** mil km2 %** mil km2 %** %***
Amazônia 4.320,5 49,8 3.595,2 84,98 107,8 2,55 527,5 12,47 21,14

Cerrado 2.047,2 24,1 1.236,8 60,41 12,4 0,61 798,0 39,98 31,99

Mata
1.059,0 12,5 285,6 26,97 15,4 1,45 751,4 70,95 30,68
Atlântica
Caatinga 825,8 9,7 518,3 62,76 7,8 0,94 299,6 36,28 12,01

Pampas 178,2 2,1 73,7 41,36 17,8 9,99 86,8 48,71 3,48

Pantanal 151,2 1,8 131,2 86,77 2,6 1,72 17,4 11,51 0,70

Área do 2.480,
8.491,9 100 5.840,8 68,78 163,8 1,93 29,21 100
país 7

* Sobre a área do país ** Sobre a área total *** Sobre total desmatado

FONTE: MMA/Pesquisa FAPESP


2. PRINCIPAIS PROBLEMAS
AMBIENTAIS NO BRASIL

2.1) IMPACTO SOBRE A BIODIVERSIDADE:


- intenso desmatamento (180.000 km2/ano);
- expansão desordenada das áreas urbanas;
- contaminação das águas do solo e do ar;

Granato E.F.
2.2) IMPACTO SOBRE OS RECURSOS
HÍDRICOS:
- poluição por esgoto doméstico;
-  poluição industrial;
-  poluição difusa de origem agrícola;
-  poluição acidental;
-  eutroficação de lagos e represas;
-  salinização de rios e açudes;
-  poluição por mineração;
- falta de proteção aos mananciais
superficiais e subterrâneos.

Granato E.F.
2.3) IMPACTO DA URBANIZAÇÃO:
- 79% da população vive nas cidades;
- crescimento desordenado e concentrado;
- ausência ou deficiência no planejamento
municipal;
- obsolescência da estrutura física existente;
- demanda não atendida por recurso e serviços
de toda ordem;
- agressões no ambiente urbano.

Granato E.F.
3. POLÍTICAS AMBIENTAIS,
PROGRAMAS E LEGISLAÇÃO:

A partir da década de 70 o Brasil volta-


se para o aproveitamento sustentável
de seus recursos.
 
Implantação da Política nacional de
Recursos do Mar e da Política
Nacional de Meio Ambiente, em 1981.

Granato E.F.
Lei nº 6.938/81:

-        dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente;


-        dispõe sobre o SISNAMA –Sistema Nacional de Meio Ambiente,
composto:
       CONAMA – Conselho Nacional de meio Ambiente;
       Órgão Superior – ligado ao Presidente da República;
       Órgão Central;
    Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA (atual Ministério do
Meio Ambiente);
       Órgãos Setoriais;
       Órgãos da Administração Pública Federal;
       Órgãos Seccionais;
       Entidades da Administração Pública Estadual;
       Órgãos locais;
       Órgãos da Administração Pública Municipal.

Granato E.F.
3.1)
3.1) SISTEMA
SISTEMA DE
DE
LICENCIAMENTO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
AMBIENTAL ––
SLA
SLA
Nível nacional.
  Aplicação estende-se a todas as
atividades utilizadoras/degradadoras dos
recursos naturais.
  Conjunto de leis, normas técnicas e
administrativas, estabelecendo obrigações
e responsabilidades aos empresários e
Poder Público, na implantação e operação de
empreendimentos.

Granato E.F.
3.2) PLANO
3.2) PLANO NACIONAL
NACIONAL DE
DE
GERENCIAMENTO
GERENCIAMENTO COSTEIRO
COSTEIRO ––
PNGC.
PNGC.
Constituído pela Lei 7.661, de 16/05/88.
 
Planeja e gerencia, de forma integrada,
descentralizada e participativa, as
atividades socioeconômicas na Zona
Costeira, garantindo sua utilização
sustentável, controlando, protegendo,
preservando e recuperando recursos
naturais e ecossistemas costeiros.

Granato E.F.
3.3) PROGRAMA
3.3) PROGRAMA DE
DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DO
DO
POTENCIAL
POTENCIAL SUSTENTÁVEL
SUSTENTÁVEL DEDE
RECURSOS
RECURSOS VIVOS
VIVOS NA
NA ZONA
ZONA
ECONÔMICA
ECONÔMICA EXCLUSIVA
EXCLUSIVA ––
REVIZEE.
REVIZEE.
Aprovado em julho de 1994.
 
Destinado a proceder ao levantamento
dos Potenciais sustentáveis de
captura dos recursos vivos na ZEE.

Granato E.F.
3.4) POLÍTICA
3.4) POLÍTICA NACIONAL
NACIONAL DE
DE
RECURSOS
RECURSOS HÍDRICOS.
HÍDRICOS.
A Constituição Federal estabelece que praticamente
todas as águas são públicas.
 
A Lei 9433 estabelece os seguintes princípios para a
gestão de recursos hídricos:
-        a gestão por bacia hidrográfica;
-        a observância aos usos múltiplos;
-        o reconhecimento da água como valor econômico;
-        a gestão descentralizada e participativa;
-   o reconhecimento da água como bem finito e
vulnerável.

Granato E.F.
3.5)
3.5) PROGRAMA
PROGRAMA NACIONAL
NACIONAL
DEDIVERSIDADE
DEDIVERSIDADE BIOLÓGICA
BIOLÓGICA ––
PRONABIO.
PRONABIO.
Instituído no âmbito do Ministério do Meio
Ambiente.
 
Tem como objetivo principal, promover parceria
entre o poder Público e a sociedade civil, na
conservação da diversidade biológica, utilização
sustentável dos seus componentes e repartição
justa e eqüitativa dos benefícios decorrentes
dessa utilização.

Granato E.F.
3.6) SISTEMA
3.6) SISTEMA NACIONAL
NACIONAL DE
DE
UNIDADE
UNIDADE DEDE CONSERVAÇÃO.
CONSERVAÇÃO.

É um instrumento na gestão de recursos


naturais.
“... espaço territorial e seus recursos ambientais, legalmente instituído pelo
Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob
regime especial de administração aplicando garantias de proteção”.

Classes diferentes segundo a lei:


-Unidades de Proteção Integral, com objetivo básico de preservar a
natureza, permitido somente a utilização indireta prevista na lei.
-Unidades de Uso Sustentável, com objetivo de compatibilizar a
conservação da natureza com o uso sustentável de uma parcela dos
recursos naturais.

Granato E.F.
3.7) POLÍTICA
3.7) POLÍTICA NACIONAL
NACIONAL DE
DE
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
SUSTENTÁVEL E E AGENDA
AGENDA 21.
21.
Na Conferência Rio 92, o país assumiu o compromisso e o desafio de
internalizar, nas políticas públicas do país, as noções de
sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável.
 
A coordenação da implementação da Agenda 21 Brasileira adotou como
temas centrais para seleção das áreas temáticas:
 
- agricultura sustentável;
- cidades sustentáveis;
- infra-estrutura e integração regional;
- gestão dos recursos naturais;
- redução das desigualdades sociais;
- ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.

Granato E.F.
3.8) PROGRAMA
3.8) PROGRAMA NACIONAL
NACIONAL
DE
DE EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
AMBIENTAL.
Criado em abril de 1999.
 
Promove a sensibilização, mobilização, conscientização
e capacitação dos diversos segmentos da sociedade
para o enfrentamento dos problemas ambientais,
visando a construção de um futuro sustentável,
cumprindo a Lei nº 9.795/99, que estabeleceu a
Política nacional de Educação Ambiental.

Granato E.F.
REFLEXÃO

“O sistema de desenvolvimento adotado no Brasil,


demanda crescimento contínuo e progresso
tecnológico, “conquista cada vez mais a
natureza” e coloca seus recursos a serviço do
poder. Poluição, degradação, depleção de
recursos, são indicadores da crise de
esgotamento desse modelo, E apontam para a
necessidade de rever esse paradigma. Isso
implica convocar toda a sociedade para um
debate que tenha como objetivo a construção de
uma sociedade duradoura, sustentável”.
Texto retirado do documento – Agenda 21
brasileira.

Granato E.F.
4)
4) ATRIBUIÇÕES
ATRIBUIÇÕES E
E COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS

4.1)
4.1) MINISTÉRIO
MINISTÉRIO DO
DO MEIO
MEIO
AMBIENTE
AMBIENTE –– MMAMMA
  
ÉÉ oo órgão
órgão central
central do
do Sistema
Sistema Nacional
Nacional
do
do Meio
Meio Ambiente
Ambiente (SISNAMA).
(SISNAMA).

Granato E.F.
4.2)
4.2) SISTEMA
SISTEMA NACIONAL NACIONAL DO DO MEIOMEIO
AMBIENTE
AMBIENTE –– SISNAMA.
SISNAMA.
  
Instituído
Instituído pela
pela Lei
Lei nº
nº 6.938/81.
6.938/81.
  
Sua
Sua atuação
atuação deve
deve observar
observar oo seguinte;
seguinte;
I.
I. O O acesso
acesso dada opinião
opinião pública
pública às
às informações
informações
relativas
relativas às
às agressões
agressões ao ao meio
meio ambiente,
ambiente, ee às
às
ações
ações de de proteção
proteção ambiental,
ambiental, na na forma
forma
estabelecida
estabelecida pelo
pelo CONAMA.
CONAMA.
  
II. Cabe
II. Cabe aos
aos estados,
estados, Distrito
Distrito FeDeral
FeDeral ee aos
aos
municípios
municípios aa regionalização
regionalização das das medidas
medidas
emanadas
emanadas do do SISNAMA,
SISNAMA, elaborando
elaborando normas
normas ee
padrões
padrões supletivos
supletivos ee complementares.
complementares.

Granato E.F.
Constituído por órgãos e entidades da União, Estados,
Distrito Federal, Municípios e Fundações do Poder Público,
voltados ao meio ambiente com a seguinte estrutura:
 
I. Órgão Superior: O Conselho de Governo.
II. Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do
meio Ambiente – CONAMA.
III. Órgão Central: O Ministério do meio Ambiente, dos
Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - MMA.
IV. Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
V. Órgãos Seccionais: Os órgãos Federais, fundações do
Poder Público e Entidades Estaduais, voltadas ao Meio
Ambiente.
VI. Órgãos Locais: Os órgãos ou entidades municipais e
respectivas jurisdições.

Granato E.F.
4.3)
4.3) INSTITUTO
INSTITUTO BRASILEIRO
BRASILEIRO DODO
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE EE DOS
DOS RECURSOS
RECURSOS
NATURAIS
NATURAIS RENOVÁVEIS
RENOVÁVEIS –– IBAMA
IBAMA
É o órgão federal executor das políticas e diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente.
Criado pela Lei nº 7.735/89.
 Formado pela fusão:
 -  Secretaria do Meio Ambiente – SEMA;
 -  Superintendência da Borracha – SUDHEVEA;
 -  Superintendência da Pesca – SUDEPE;
- Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal
– IBDF.

Granato E.F.
4.4)
4.4) CONSELHO
CONSELHO NACIONAL
NACIONAL DO
DO
MEIO
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE –– CONAMA
CONAMA

Instituído pela Lei nº 6.938/81.


 
Composto de Plenário e Câmaras
Técnicas, presidido pelo Ministro do
Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal.

Granato E.F.
Tem como competência:
a) Estabelecer diretrizes de políticas governamentais
para o meio ambiente e recursos naturais;
 
b) Baixar normas necessárias à execução e
implementação da Política Nacional do Meio
Ambiente;
 
c) Estabelecer normas e critérios para o
licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
 
d) Determinar a realização de estudos sobre
alternativas e conseqüências ambientais de
projetos públicos ou privados, fornecer
informações para realização de estudos de
impactos ambientais. Granato E.F.
e) Decidir com última instância sobre multas e outras
penalidades impostas pelo IBAMA.
 
f) Homologar acordos visando a proteção ambiental.
 
g) Estabelecer normas e padrões relativos ao controle de
poluição causada por veículos automotores terrestres,
aeronaves e embarcações.
 
h) Estabelecer normas, critérios e padrões estabelecendo a
utilização racional dos recursos hídricos.
 
i) Estabelecer normas gerais relativas às Unidades de
Conservação e áreas circundantes.
 
j) Estabelecer os critérios para a declaração de áreas
críticas, saturadas ou em vias de saturação.

Granato E.F.
5) ENDEREÇOS
5) ENDEREÇOS SELECIONADOS
SELECIONADOS

Ministério do Meio Ambiente


(Esplanada dos Ministérios – Bloco “B”
do 5º ao 8º andar) CEP:70.068-900 –
BRASILIA/DF – BRASIL.
 
IBAMA(SAIN 1 – 4 Bl. B – Térreo – Ed.
Sede do IBAMA) – CEP:70.800-900 –
BRASILIA/DF – BRASIL.

Granato E.F.
6) RELAÇÃO
6) RELAÇÃO DE
DE ENTIDADES
ENTIDADES
AMBIENTALISTAS
AMBIENTALISTAS
 Associação de preservação do meio Ambiente do Alto Vale
do Itajaí – APREMAVI – Rio do Sul – S.C.
 Assessorias em Serviços de Projetos de Agricultura
Alternativa – Rio de Janeiro – R.J.
 Conservation International do Brasil – Belo Horizonte –
M.G.
 Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza - Rio
de Janeiro – R.J.
 Fundação SOS Mata Atlântica – São Paulo – S.P.
 Instituo Socioambiental – São Paulo – S.P.
 Sociedade Nordestina de Ecologia – Itapissuma – P.E.

Granato E.F.
7) SITES
7) SITES SELECIONADOS
SELECIONADOS
 Base de Dados Tropical
www.bdf.org.br/bdf/portugues
  Companhia de Saneamento e Tecnologias Ambientais – CETESB
www.cetesb.br
  Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
www.ibama.gov.br
  Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO
www.funbio.org
  Fundo Mundial para a Natureza – WWF
www.wwf.org.br
  Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA
www.ibama.gov.br
  Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
www.inpa.br
  Ministério do Meio Ambiente – MMA
www.mma.gov.br
  Programa Piloto de Proteção para as Florestas Tropicais do Brasil – PPG7 –
www.gfzde/pp~g7/portugues/

Granato E.F.
ECONOMIA E MEIO
AMBIENTE
1. INTRODUÇÃO
A ECONOMIA AMBIENTAL

A ECONOMIA ECOLÓGICA

Granato E.F.
1.1 A ECONOMIA AMBIENTAL
MEIO AMBIENTE:
Qualquer espaço de interação e suas conseqüências, entre a Sociedade
(elementos sociais, recursos humanos) e a natureza (elementos ou
recursos naturais).

A E.A. analisa os bens e serviços ambientais proporcionados pelo


meio físico e meio social.
É uma aplicação da economia clássica, incorporando-se o meio
ambiente e seus recursos com o bens apropriáveis, valoráveis e
intercambiáveis, levando-se em conta os aspectos relacionados com:
 Efeitos externos (externalidades) gerados pelos agentes econômicos;
 Ausência de mercado eficientes para algum tipo de bem ambiental;
 Inexistência de direitos de propriedade de alguns bens ambientais.

Granato E.F.
1.2 A ECONOMIA ECOLÓGICA
• Tem como objetivo a gestão sustentável do planeta.
• Se apoiada nas leis da termodinâmica, busca a sustentabilidade, um equilíbrio entre a
exploração do sistema ecológico pelo sistema econômico, com a possibilidade de
regeneração do primeiro.
• A E.E. sustenta que a Economia Clássica não tem prestado suficiente atenção ao marco.

A E.E. se articula sobre três princípios fundamentais:


 A primeira lei da Termodinâmica: “a energia não se cria nem se destrói, tão
pouco se transforma”. Segundo esta lei a geração de resíduos é algo
intimamente ligado aos processos de produção e consumo, ou seja, não é
uma externalidade;
 A lei da Entropia: “a matéria e a energia degradam-se, contínua e
irrevogavelmente, de uma forma disponível para outra não disponível,
independentemente de as usarmos ou não”. A interpretação desta lei é que a
disponibilidade para ser utilizada é o que proporciona valor econômico à
matéria e à energia.
 O terceiro princípio indica que é impossível gerar mais resíduos do que pode
tolerar a capacidade de assimilação dos ecossistemas e que não se pode
extrair dos ecossistemas mais do que possa se considerado para seu
rendimento sustentável ou renovável, já que do contrário os destruiríamos.
Granato E.F.
REFLEXÃO:
“Reveja sua base de conhecimento
de física sobre Termodinâmica.
Termodinâmica
Procure refletir sobre a
aplicabilidade de suas leis em outras
áreas do conhecimento. Esta
reflexão lhe auxiliará a compreender
com mais facilidade muitos dos
conceitos que trabalhamos ao longo
deste curso.
Granato E.F.
2. AS EXTERNALIDADES
O meio ambiente físico, do ponto de vista econômico, pode
ser considerado com um matéria prima ou como um bem em
si mesmo, ou seja, como um “input” ou como um “output”.
Como um “input”: o meio ambiente pode ser considerado
como um fator de produção, já que pode servir como matéria
prima para a produção de bens e serviços. Neste sentido
podemos pensar nas árvores como recursos natural para a
produção de móveis, no petróleo para a produção de
combustível, etc. O custo representado por esta utilização não
costuma ser real, já que não reflete os efeitos negativos
derivados de sua utilização nem a degradação ocasionada ao
meio para poder extraí-los. Do ponto de vista matemático, ao
ser um input, afetará as funções de produção.
Como “output”: o meio ambiente pode considerar-se como
um bem em si mesmo. Do ponto de vista matemático, por ser
um output afetará as funções de utilidade.
Granato E.F.
2.1 O QUE SÃO EXTERNALIDADES?
Ocorre um efeito externo quando as ações de um agente
econômico (A) afetam, mediante mecanismos diferentes
aos preços de mercado, as decisões ou o bem estar de
outro agente (B); isto acontece sempre e quando A não
atua deliberadamente para influir sobre esse bem estar de
B. O fato de uma ação de A afetar as decisões ou o bem
estar de B, implica na alteração das funções de utilidades
ou produção. Em função de como se manifesta este efeito
podemos distinguir dois tipos de externalidades:
- Externalidade positiva (efeito externo positivo, benefício
externo ou economia externa): se B é beneficiado.
- Externalidade negativa (efeito externo negativo, custo
externo ou deseconomia externa): se B é prejudicado
(caso da contaminação).
Granato E.F.
2.1 O QUE SÃO EXTERNALIDADES?

Por outro lado, nem sempre a contaminação


física implica em uma externalidade negativa
ou custo externo, já que devem ocorrer outras
circunstâncias mais: como a perda do bem
estar não ser compensada. Por exemplo, se o
agente A produz poluição negativa para o
agente B, porém lhe compensa
adequadamente, então esta poluição não é
considerada uma externalidade; o que está se
produzindo é uma internalização das
externalidades.

Granato E.F.
Podemos distinguir 4 tipos de externalidades negativas:

Efeitos da produção sobre a produção: a atuação


de um agente produtor A influi negativamente sobre
outro agente produtor B. Exemplo 1.
Efeitos da produção sobre o consumo: a atuação
de um agente produtor A influi negativamente sobre
um agente consumidor B. Exemplo 2.
Efeitos do consumo sobre o consumo: a atuação
de um agente consumidor A influi negativamente
sobre outro agente consumidor B. Exemplo 3.
Efeitos do consumo sobre a produção: a atuação
de um agente consumidor A influi negativamente
sobre um agente produtor B. Exemplo 4.

Granato E.F.
Podemos distinguir 4 tipos de externalidades negativas:
Exemplo 1: A é uma fábrica de cimento que emite poluentes à atmosfera e B
é uma empresa agrícola que cultiva espinafre. Como conseqüência das
emissões de fumaça de A os espinafres (output) de B perdem qualidade e
peso, mantendo-se constantes o resto de variáveis ou inputs (adubo, risco,
cultivo do solo, etc).
Exemplo 2: A é uma fábrica de cimento que emite poluentes à atmosfera e B
é uma pessoa que come os espinafres cultivados no campo contíguo à
cimenteira; como conseqüência das emissões da fumaça de A os espinafres
que B come têm menor qualidade (provocando uma perda de bem estar para
B).
Exemplo 3: A é um excursionista que não recolhe os lixos que produz e o
deixa abandonado na montanha e B é outro excursionista; como
conseqüência da atitude de A se produz uma deterioração no desfrute de B.
Exemplo 4: A é um excursionista que não recolhe os lixos que produz na
montanha e B é uma cimenteira que obtém calcário desta montanha, com
conseqüência da atitude de A, B tem que peneirar os resíduos do calcário
para poder utilizá-los como matéria prima, produzindo um inconveniente.

Granato E.F.
Granato E.F.
2.2 Instrumentos Utilizados para Internalizar
as Externalidades
Podem ser de três tipos:
Econômicos: visam corrigir as externalidades influindo sobre os custos e
benefícios das opções escolhidas pelos agentes econômicos,
incentivando-os a dirigir ou modificar suas ações em um sentido mais
favorável ao meio ambiente. Como exemplo, podemos citar a Lei no.
11.054, de 14 de janeiro de 1995 que dispõe sobre a Lei Florestal do
Estado do Paraná, que no seu art 54 encontramos: todo estabelecimento
domiciliado no Estado que utilize matéria prima de origem florestal,
agrícola e pecuária, poderá deduzir diretamente do imposto líquido
devido de ICMS a parcela aplicada diretamente na atividade de produção
de mudas florestais, plantio, manutenção e melhoramento de florestas,
proteção e controle de pragas e incêndios florestais, tecnologia, pesquisa,
melhoramento e manutenção de unidades de conservação particulares.
De controle direto ou Regulamentação: são aqueles que estabelecem,
por parte das autoridades públicas competentes, as obrigações e
limitações que os agentes destinatários devem cumprir de modo
obrigatório,
De incentivo a mudança de atitudes: incluem programas ou
campanhas de sensibilização, educação ambiental e informação.
Granato E.F.
Os mecanismos existentes para internalizar as externalidades

ECONÔMICOS
Tributos Depósitos reembolsáveis
Ajudas financeiras Permissões negociáveis

REGULAMENTAÇÕES INCENTIVOS A MUDANÇAS DE ATITUDES


Informações
Padrões de qualidade
Regulações Educação Ambiental
Campanhas de sensibilização ambiental

Granato E.F.
2.2.1 Os instrumentos Econômicos
Podemos distinguir os seguintes tipos de mecanismos:

Os tributos ecológicos (impostos);

Ajudas financeiras ou subsídios;

Os depósitos reembolsáveis;

Os direitos de poluição transferíveis ou


permissíveis de negociação.
Granato E.F.
2.2.1.1 Os Tributos Ecológicos
Os tributos ecológicos são definidos como
aquelas prestações pecuniárias que o Estado,
ou outro ente público, exige ao sujeito passivo
no uso do poder que lhe atribui o ordenamento
jurídico, cujo objetivo é a proteção e melhoria
do meio ambiente. Basicamente é um método
que permite atribuir um preço a utilização dos
bens ambientais. Os tributos ecológicos são um
modo do usuário estar internalizando os custos
que geram o fato dele utilizar estes bens.

Granato E.F.
Distinguimos os seguintes tipos de tributos ecológicos:
Taxas por unidade de despejo ou por emissão: é um tributo fixado pela administração para
que o poluidor pague uma soma proporcional a quantidade e qualidade dos poluentes
despejados ou emitidos. É importante que o custo destas taxas seja superior ao custo que
representa a adoção de medidas para evitar a poluição, já que do contrário não se
conseguiram melhorias ambientais. Esta medida costuma ser aplicada na proteção de águas,
resíduos e poluição sonora, principalmente.
Taxas por serviços prestados: são pagamentos que realizam-se em função do custo do
tratamento público dos despejos, emissões ou ruídos. Buscam compensar o gasto público que
representa a degradação ambiental, impondo aos agentes poluidores um pagamento pelos
serviços de tratamento e reparação dos prejuízos causados ao meio ambiente.
Taxas sobre o produto: são os tributos aplicados ao preço dos produtos que podem ser
poluentes, seja na fase de fabricação, na de utilização, ou que tenham dado lugar à
organização de um serviço de eliminação. Seu objetivo é incitar a demanda à consumir
produtos menos poluentes, e portanto mais baratos. Este seria o caso da gasolina com
chumbo, os vasilhames não retornáveis, as pilhas de mercúrio e de cádmio, etc.
Taxas administrativas ou taxas para permissão e licenças: incluem os pagamentos por
direitos de permissão (autorizações) ou por direitos relacionados com o controle da poluição
que deve-se abonar às autoridades competentes.
Diferenciações impositivas: consistem em taxas, bonificações ou isenções sobre as
atividades ou produtos, desenhados para dissuadir ou fomentar a produção e/ou o consumo de
bens e serviços com repercussão no meio ambiente.

Granato E.F.
2.2.1.2 As Ajudas Financeiras ou Subsídios
Com esta denominação englobam-se várias formas de ajuda que tem como objetivo incentivar os
agentes econômicos a modificar seus comportamentos, com a finalidade de reduzir a degradação do
meio ambiente ou financiar as medidas necessárias para isso.
As ajudas financeiras são um instrumento nem sempre justificáveis, já que são, de certo modo,
contrárias ao princípio de “Poluidor Pagador”; deve-se em conta que neste caso são s contribuintes que
assumem os pagamentos, enquanto que a empresa poluidora é quem recebe o benefício econômico. Por
esta razão só se pode aplicar em certos casos, sempre e quando cumpridos os seguintes requisitos:

Que sejam outorgadas dentro de um programa bem definido


por um período de tempo determinado.
Que não impliquem distorções no comércio ou investimentos
internacionais.
Que para a coletividade represente um custo menor ajudar o
poluidor, que perder a atividade que este realiza; além disso
devem dar-se com razões de estrita justiça.
Que sejam outorgadas a setores ou grupos definidos,
suscetíveis de passarem dificuldades econômicas na ausência
destas subvenções.

Granato E.F.
Podemos distinguir três tipos de ajuda financeira:
As subvenções: implicam na entrega de dinheiro (ou bens a
título gratuito) por uma série de situações, como podem ser a
aplicação em equipamentos antipoluentes, por unidade de
redução de despejo, por mudanças de situação, por pesquisa em
novos produtos, pela aplicação de tecnologia limpas e outros.
As vantagens fiscais: tratam-se de uma série de medidas que
favorecem os agentes econômicos mediante a autorização de
amortizações aceleradas ou concedendo reduções e isenções
fiscais se adotadas medidas anti-poluentes. Como exemplo,
observa-se a redução de certa porcentagem do IPI para
equipamentos de despoluição, considerar os investimentos
destinados à melhorar o meio ambiente como medidas para
reduzir o imposto sobre lucro das empresas.
Os créditos subsidiados: são aqueles empréstimos que gozam
de uma taxa de juros reduzidos, ou que possuem um período de
amortização maior.

Granato E.F.
2.2.1.3 Os Depósitos Reembolsáveis
Também denominam-se depósitos com direito à devolução ou por sistemas de
consignação.
Acontece quando o agente potencialmente poluidor (produtor ou consumidor) entrega uma
determinada quantidade de dinheiro na forma de depósito, de modo que caso não se
cumpram as atuações esperadas ou não se obter o resultado esperado, perde este
depósito, enquanto que se tiver determinados comportamentos o recupera.
Durante muitos anos vêm-se aplicado este instrumento nas bebidas com embalagem
retornável, de modo que o consumidor paga o vasilhame incluído na compra da bebida e
recupera a parte correspondente quando devolve o vasilhame vazio. Atualmente este
sistema encontra-se em retrocesso por proliferarem os vasilhames não retornáveis
(descartáveis), como alternativa.
Em alguns países do norte da Europa este instrumento vem sendo aplicado para evitar o
abandono dos carros nas ruas, de modo que os compradores de carros novos, ao adquirir
um novo veículo, pagam uma quantia que lhes é abonada se a pessoa depositar a
carroceria de seu veículo velho em pontos especiais de coleta ou desmanche.

Granato E.F.
2.2.1.4 Os Direitos de Contaminação Transferíveis
Conhecidos como permissões negociáveis, certificados de uso
do meio ambiente, licenças de emissão de compra e venda,
permissão de descarga transferíveis, direitos de poluição, leilão
de permissão e outros.
Tratam-se de quotas ambientais ou autorizações atribuídas
sobre os níveis de poluição ou de uso do meio que, uma vez
fixadas e atribuídas pela autoridade competente, podem ser
negociadas e intercambiadas por seus titulares, respeitando
um marco pré-determinado.
Tratam-se de instrumentos relativamente recentes, que se
detêm aplicado basicamente nos EUA e no campo da poluição
atmosférica, embora no teoria também poderiam aplicar-se a
outros âmbitos (como exploração de recursos renováveis, por
exemplo).

Granato E.F.
Distingue-se os tipos de permissões negociáveis:
As “bolhas”: figura-se uma bolha sobre uma empresa ou uma
área, considerando a mesma uma única fonte de emissão. A
Administração Ambiental estabelece um limite para as
emissões da planta industrial ou área que abarca a bolha,
permitindo aos agentes contaminadores que escolham
livremente o fator de redução da poluição entre as diversas
fontes existentes, de modo que se respeite o limite global
estabelecido.
O sistema de emissões líquidas ou redes de controle:
permite que os focos poluentes já existentes, que se querem
modificados, não satisfaçam as normas mais estritas (que
deveriam cumprir se fossem qualificados como novas fontes),
sempre e quando as emissões líquidas totais da planta
industrial na qual estejam situados não superem o nível
anterior a modificação. De fato é um sistema similar ao das
bolhas porém pensado para permitir a modificação de
empresas já existentes.
Granato E.F.
Distingue-se os tipos de permissões negociáveis:
Os sistemas de compensações: origem nos EUA para solucionar o
problema do crescimento industrial e as limitações de poluição. No
princípio quando não se cumpriam os limites de poluição ambiental, não
se admitia a construção de novas fontes de emissão, limitando-se o
crescimento das empresas ou a instalação de novas plantas industriais.
Com a criação deste instrumento autorizam-se novas fontes de emissão
(de plantas industriais já existentes ou de novas) nestas zonas sempre
que a poluição que ocasionem seja compensada com reduções nas
emissões dos focos poluidores que já vinham emitindo. Isto implica que
se uma empresa decide realizar uma ampliação deverá revisar suas
emissões para reduzir o nível global de poluição, enquanto que, tratando-
se de uma nova empresa, deverá negociar com as restantes para poder
estabelecer-se.
Os depósitos de emissão ou os bancos de poluição: permitem a um
poluidor, se este reduzir as emissões abaixo dos níveis que fixa o Órgão
Ambiental, depositar estas reduções, ou uma parte delas, em uma
câmara de compensação. Estes depósitos atuam com créditos, de modo
que o similar pode transferí-los a outros agentes ou utilizá-los no futuro.
Granato E.F.
2.2.2 O Controle Direto ou
Regulamentação
Pode-se distinguir dois tipos de controles diretos:

Mediante regulamentações que especificam o


uso obrigatório de determinados processos ou
procedimentos produtivos.

Mediante padrões de qualidade ambiental:


estabelecem os limites aceitáveis para as
atividades poluentes.

Granato E.F.
2.2.2.1 Regulamentações que Especificam o Uso
Obrigatório de Determinados Processos ou
Procedimentos Produtivos

Englobam os casos nos quais o órgão


ambiental obriga as empresas a utilizar
certas técnicas ou equipamentos
antipoluentes (filtros em chaminés para
reter as partículas da fumaça emitida,
por exemplo), e podem ser de caráter
preventivo ou repressivo.

Granato E.F.
2.2.2.1 Regulamentações que Especificam o Uso
Obrigatório de Determinados Processos ou
Procedimentos Produtivos
De caráter preventivo: encontramos vários tipos de regulamentações:
 Regulamentações que estabelecem uma classificação das atividades ou indústrias
segundo seu risco ou segurança, estabelecendo uma série de autorizações para sua
abertura. Esta classificação tem como finalidade evitar que as instalações,
estabelecimentos, atividades industriais, armazéns, e outros, sejam oficiais ou
particulares, públicos ou privados, produzam incômodos, alterem as condições
normais de salubridade e higiene do meio ambiente podendo ocasionar danos ou
implicar em graves riscos para as pessoas ou bens.
 Regulamentações sobre a utilização de distintos inputs. Exemplos desta
regulamentação seriam as limitações legais sobre a presença de certos poluentes
nos combustíveis ou nas pilhas.
 Regulamentações que obrigam a utilização de uma determinada tecnologia.
 A ordenação por zonas: de modo que se estabeleçam critérios para a instalação de
atividades poluentes, podendo implicar tanto a recolocação das atividades
existentes, como restrições na escolha da localização das novas ou das
estabelecidas que desejam transferência.
De caráter repressivo: são as sanções de tipo penal ou administrativas.

Granato E.F.
2.2.2.2 Padrões de Qualidade Ambiental

Estabelecem os limites aceitáveis para as atividades poluentes e


podem ser classificados em:
Padrões de imissão: baseiam-se em indicadores que
delimitam os níveis de contaminação toleráveis.
Fixam os limites máximos toleráveis de presença em
um meio de cada poluente (seja de forma isolada ou
associado com outros contaminantes).
Padrões de emissão: baseiam-se em quantidades de
contaminação permitidas; dando lugar a
regulamentações por tipo de indústria, zonas, épocas
do ano e poluente. Fixam os limites ou níveis
máximos de cada poluente que pode ser emitido ou
despejado por um foco contaminador.
Granato E.F.
2.2.3 Incentivo a Mudança de Atitude
As ações buscam incentivar a mudança de atitude incluem programas e
campanhas de sensibilização, educação ambiental e informação.
O incentivo a mudança de atitude implica no cumprimento voluntário de uma
série de normas por parte do poluidor. Esta técnica nem sempre funciona, já
que o que se oferece é uma satisfação moral por haver atuado corretamente, o
qual tem uma difícil tradução econômica para o setor empresarial.
Em princípio, programas de educação ambiental são mais efetivos que as
campanhas informativas sobre temas pontuais. No entanto, estas últimas
mostram-se interessantes em três pontos:
 No caso de surgir uma emergência imprevista, já que costuma ser a única
opção viável. Um exemplo seria a colaboração cidadã diante de
catástrofes como inundações ou incêndios.
 Nos casos em que o controle ou vigilância são praticamente impossíveis
ou desproporcionais, como pode ser a coleta na via pública das fezes dos
animais domésticos, ou tirar as pontas de cigarro acesas em florestas.
 Quando, por falta de recursos, se quer conseguir voluntários para
proteção ambiental, como são os casos de limpeza de florestas por parte
de escolares, particulares ou associações.

Granato E.F.
2.2.4 Os Programas Híbridos ou
Mistos
Embora tenham-se apresentado
separadamente os instrumentos
econômicos, de controle direto e os
educativos, o habitual é que os três
mecanismos convivam e se
complementem. Esta solução é a
que se conhece como sistema
híbrido ou misto.
Granato E.F.
2.3 Critérios de Seleção e Avaliação de
Instrumentos
Para avaliar e selecionar os diferentes instrumentos podemos aplicar diferentes critérios:

Segundo sua eficácia: a eficácia seria a capacidade de um


instrumento para conseguir o objetivo ou os objetivos
ambientais previamente supostos.
Segundo sua eficiência econômica: um instrumento é
eficiente economicamente se conseguir atingir os objetivos
ambientais fixados a um custo mínimo para o conjunto da
sociedade.
Segundo sua aceitabilidade: é importante que o instrumento
seja aceito pelos grupos afetados em sua aplicação. Para
aumentar o grau de aceitabilidade podem ser utilizadas
campanhas informativas e se estabelecer canais de consulta
ou de comunicação com os conjuntos de pessoas afetadas ou
interessadas por essas medidas.
Granato E.F.
2.3 Critérios de Seleção e Avaliação de
Instrumentos
Para avaliar e selecionar os diferentes instrumentos podemos aplicar diferentes critérios:
Segundo sua conformidade com a legislação ambiental
vigente: é importante que o instrumento atenda às
exigências legais estabelecidas pelas instâncias Federal,
Estadual e Municipal, utilizando e otimizando os
mecanismos econômicos e de controle direto determinados
por estas legislações.
Segundo sua capacidade para incentivar o
desenvolvimento tecnológico e sua aplicação: esta
capacidade se traduz na aplicação da melhor tecnologia
disponível para evitar ou reduzir a contaminação.
Segundo os custos administrativos e operacionais:
interessa que os custos que implicam na utilização dos
mecanismos sejam baixos, de modo que os instrumentos
não gerem perdas e sim receitas para o órgão ambiental.

Granato E.F.
3 Valoração Econômica do
Meio Ambiente
A avaliação econômica do meio ambiente pretende transformar em valor econômico os
benefícios e custos ambientais.
Para se “internalizar as externalidades” necessitamos fixar um preço à cada
componente do meio ambiente.
A disciplina que busca valorar os efeitos ambientais da atividade econômica
(externalidades) é conhecida como Economia dos Recursos Naturais.
As externalidades provocam um desvio entre o volume de produção de equilíbrio e o
que corresponderia a um “ótimo social”.
Para que uma empresa maximize seus benefícios deverá encontrar a melhor
combinação entre o preço (P) e a quantidade de produto (q) a ser gerado.
Este ponto será o “ótimo empresarial”, ou seja a relação “preço-produção” ótima para
a empresa (o volume de produção de equilíbrio).
O problema é que este ponto não coincide com o “ótimo social”, ou seja, não coincide
com o ponto que faz com que a sociedade tenha suficiente produto, a bom preço e
com um nível baixo de poluição (externalidade).
O ideal para a sociedade seria que a empresa operasse no “ótimo social”, porém para
chegar a este ponto deveria primeiro internalizar as externalidades, considerando-as
quando do cálculo do ponto ótimo de operação.
A conseqüência de internalizar as externalidades é que devemos ter algum método
para avaliá-la economicamente.

Granato E.F.
3.1 Interpretação Gráfica das Externalidades
As externalidades originam uma divergência entre o produto líquido privado (PMP) e o produto líquido
marginal social (PMS). O gráfico a seguir representa um efeito externo negativo (por exemplo a poluição
ambiental). No eixo de abscissas (horizontal) representa-se o nível de produção ou de atividade (q) e
nas ordenadas (vertical) representa-se o preço (P). Neste gráfico encontramos os seguintes elementos:
-O prejuízo externo ou externalidade representa-se como CME.
-A renda marginal representa-se como RMA.
-Os custos marginais privados representam-se como CMP.
-Os custos marginais sociais representam-se como CMS.
Como suposto quanto maior a produção, maior será a poluição, a linha que representa os custos
externos (E) irá aumentando à medida que aumenta a produção (q).
CMP aumenta à medida que aumenta o nível de produção. Dado que as empresas não suportam os
custos externos e sim a sociedade, o CMP unicamente contempla os custos da empresa (compra de
matéria prima, salários, patentes, locais, maquinaria etc.). CMS são os custos reais que representa a
atividade para a coletividade, incluindo os custos privados mais os custos externos.
Se a empresa trata de maximizar seu benefício, produzirá onde CMP for igual a RMA, pois o ótimo de
produção empresarial será q*; sem dúvida o “ótimo social” encontra-se no ponto de coincidência entre
CMS e RMA, ou seja, o ótimo de produção social será qs. Se a empresa tivesse levado em conta as
externalidades haveria produzido qs, porém ao não levar em conta produzirá no ponto que lhe for mais
benéfico economicamente. Para evitar esta tendência deve-se internalizar as externalidades, de modo
que a empresa calcule os ideais com CMS. Para conseguir tal fim se utilizam uma série de instrumentos
(impostos, regulamentações e a dissuasão moral).

Granato E.F.
3.1 Interpretação Gráfica das
Externalidades

Granato E.F.
3.2 Conceitos Iniciais
Os métodos de valoração econômica pretendem averiguar que equivalência monetária
possuem os bens ambientais. Todas as avaliações baseiam-se em dois conceitos
fundamentais: a “disposição à receber uma compensação”:

A “disposição à pagar” de um indivíduo define-se como a quantidade


máxima de dinheiro que este estaria disposto a pagar por um bem
ambiental ou por ter a garantia de que um projeto de melhoria
ambiental vai ser realizado. De fato, consiste em perguntarmos qual
quantidade de dinheiro seria paga por uma floresta, por aquele trecho
de rio ou por 10 m3 de ar não contaminado? A quantidade paga
denomina-se “variação compensatória”.
A “disposição de receber uma compensação” seria a quantidade que
o indivíduo demandaria, por aceitar de forma voluntária, não desfrutar
de um bem ambiental ou por não realizar um projeto de melhoria
ambiental. A quantidade aceita denomina-se “variação equivalente”.

Granato E.F.
Para valorarmos os bens ambientais deve-se levar em conta que existem vários tipos de
valores que constituem o valor total de um recurso e seu “valor de uso” seria o benefício
obtido por quem o utiliza, em função do uso que faz do meio ambiente.
Pode-se distinguir diferentes tipos de “valor de uso”:

O valor do recurso quando o uso implica um


consumo (como poderia se beber água potável).
O valor do recurso quando o uso implica sua
observação (admirara a paisagem, por exemplo).
O “valor de opção”, seria o valor do recurso para
sua utilização potencial, não como um uso
presente (o de um poço de petróleo inexplorado).
O valor que, para os seres humanos, tem o ato de
conhecer certa espécie (animal ou vegetal).

Granato E.F.
3.3 Métodos Indiretos com Dados Observados
3.3.1 Custos Evitados ou Induzidos: baseado em hipótese de caráter substitutivo
entre a qualidade ambiental e um determinado bem ou serviço. Suponhamos que o
lançamento de um efluente contaminado à um leito de água potável implique em
uma degradação da saúde do indivíduo, gerando uma série de gastos médicos por
parte do afetado. À medida que aumentam os cuidados médicos melhora a saúde, e
o contrário ocorre ao aumentar a quantidade de efluente lançado. Portanto, poderia-
se chegar a estimar economicamente este gasto médico e a partir disso, deduzir
qual seria o valor econômico do bem ambiental “água”.
3.3.2 Custo de Viagem ou de Deslocamento: calcula o que um indivíduo aceita pagar
(gasolina, transporte, tempo, ...) por deslocar-se rumo a um lugar para desfrutar de
um determinado bem ambiental; sabendo esta quantidade poderemos estimar o
valor do bem. Este método só é válido em alguns casos, desde que cumprida uma
série de condições. Um exemplo seria estimar a média do gasto efetuado pelos
visitantes na visita de determinado parque.
3.3.3 Método dos Preços Hedônicos: analisa as qualidades ambientais de um bem
que já tem um preço e mercado. Por exemplo, suponhamos que temos dois edifícios
de características idênticas (número de pisos, desenho da fachada, qualidade dos
acabamentos,...), porém situado em pontos diferentes. O que se trataria de valorar é
a presença de zonas verdes no entorno. A técnica consiste em averiguar qual
função matemática pode ser aplicada a estes edifícios para valorar-los, de modo que
se leve em conta a presença ou ausência destas zonas verdes.

Granato E.F.
3.4 Métodos Indiretos com Dados Supostos
3.4.1 Ordenação Contingente: tenta calcular os índices
de substituição entre diferentes atributos mediante
uma série de perguntas. Os entrevistados devem
ordenar segundo suas preferências uma série de
situações alternativas, de modo que se obtenha um
conjunto de dados tratáveis estatisticamente.
3.4.2 Atividade Contingente: neste caso o que se
pergunta aos entrevistados é qual seria seu
comportamento diante das mudanças de um
determinado atributo ambiental, de modo que se
possa averiguar como seria o comportamento da
população ante diferentes mudanças.

Granato E.F.
3.5 Métodos Diretos com Dados Observados

Consiste em realizar entrevistas para conhecer


a vontade dos consumidores sobre a valoração
de um determinado bem público, supondo que
estes estejam informados sobre a quantidade e
o preço deste bem.
Posteriormente faz-se um tratamento
estatístico das respostas. (Quanto pagaria por
este serviço?) Qual a quantidade de dinheiro
pediria para deixar de utilizar este bem?...).

Granato E.F.
3.6 Métodos Diretos com Dados Supostos
3.6.1 Avaliação Contingente ou Método de Indagação: aplicável em
qualquer caso, porém utiliza-se especialmente quando não se pode
estabelecer relação alguma entre os bens ambientais e os bens privados.
Gera um mercado hipotético, ou seja, que na realidade não existe. Para
gerá-lo utilizam-se uma série de entrevistas através das quais se averigua
se a população estaria disposta a adquirir um determinado bem sob um
determinado preço. Método direto já que se pergunta de forma direta ao
indivíduo quanto este estaria disposto a pagar por um bem ambiental.
3.6.2 Jogos de Licitação: também aqui utiliza-se um sistema de entrevistas,
nas quais o entrevistador atua como licitador, oferecendo um leque de
preços por um bem (como se fosse u leilão). O entrevistado opina sobre as
diversas propostas de valoração oferecidas pelo licitador.
3.6.3 Consulta Contingente: formula para a população perguntas do tipo isto
ou não?, de modo que se possa contabilizar a quantidade de respostas
positivas e negativas. O número obtido nos daria uma estimativa
probabilística de que o indivíduo diga sim ou não. Esta consulta pode ser
complementada com perguntas que proporcionem informação sobre
aquelas características dos entrevistados que podem haver influenciados
em suas resposta (nível cultural, idade, nível econômico, etc.)

Granato E.F.
Direito Ambiental
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é muito avançado em termos de normas ambientais;
A implementação das mesmas deixa a desejar;
Falta estrutura dos órgãos responsáveis pela sua aplicabilidade;
Falta vontade política dos governantes;
São muito rígidas para um país com nível de pobreza assustador;
Mesmo assim servem para conter degradações ambientais;
O Meio Ambiente passou a integrar o mundo jurídico como valor autônomo;
A tutela do Meio Ambiente não é recente;
A preocupação com a natureza remonta com a criação do mundo;
Desde o Livro de Gênesis Deus recomenda a Adão e Eva que preservem o
mundo que lhes deu de presente;
Em Deuteronômio: “Quando te detiveres muito tempo no sítio de uma cidade, e a
tiveres cercado com máquinas para a tomares, não cortarás as árvores de cujo
fruto pode-se comer, nem deves deitar abaixo a golpes de machado os arvoredos
do país vizinho....”

Granato E.F.
Direito Ambiental
1. INTRODUÇÃO
Ann Helen Wainer, em “Evolução da História do Direito Ambiental”, mostra
que os temas ambientais discutidos atualmente já eram preocupação do
passado;
Ubiracy Araújo, cita em “Noções Básicas da Legislação Ambiental Brasileira”
que possivelmente estas determinações influenciaram os Ordenações
Afonsinas (Dom Afonso V), primeiro Código Legal Europeu cuja compilação foi
concluída no ano de 1446, tendo como fontes básicas o Direito Romano e o
Direito Canônico, que vigorava em Portugal quando o Brasil foi “descoberto”;
No Brasil Colônia, as Ordenações Manuelinas (Dom Manuel),dispunham
sobre proteção ambiental, proibindo: o corte de árvores frutíferas, a caça em
alguns lugares, protegendo certos animais, tipo um zoneamento ambiental;
Em 12 de dezembro de 1605, deu-se o marco da preocupação com o
desmatamento no Brasil com a edição da primeira lei protecionista,
denominada Regimento sobre o pau-brasil que perdura até hoje.

Granato E.F.
Direito Ambiental
1. INTRODUÇÃO
Em 1o de outubro de 1828, D. Pedro I, deliberou sobre limpeza e conservação
das fontes, aquedutos e águas infectas, em benefício dos moradores,
denominada Posturas Municipais, sendo a primeira providência legislativa que se
tem notícia;
O Código Criminal de 1830, nos art. 178 e 257 impunha penas para o corte ilegal
de madeiras, sendo erigido a crime especial o incêndio florestal em 14 de outubro
de 1886;
Entretanto as leis desse período visavam a mera proteção de indivíduos não se
preocupando com as espécies, e nem com a relação entre elas e o meio ambiente
e conseqüentemente com a vida humana no conjunto da biosfera;
O primeiro Código Floresta, veio através do Decreto no 23.793 e data de 1934,
dando novo tratamento ao assunto, dividindo infrações penais em crimes e
contravenções, sendo alterado pelo Código Penal de 1940;
O Código Penal incorporou vários ilícitos florestais como: o incêndio doloso, a
supressão de tapumes, dano por abandono de animais em florestas, desacato a
autoridade florestal;

Granato E.F.
Direito Ambiental
1. INTRODUÇÃO
A partir da década de 60, o Brasil começa a viver uma preocupação com a
preservação da natureza e da vida.
Em decorrência deste fato começou a editar normas de proteção ambiental
mesmo antes do texto constitucional de 1988 que estão vigentes até hoje,
das quais podemos destacar no site www.planalto.gov.br/legislação;
É com este arcabouço legal, somada as leis federais e estaduais, decretos
de regulamentação, convenções internacionais, resoluções do CONAMA,
instruções normativas e portarias do MMA e IBAMA, que o Brasil busca
conter a ação predatória o meio ambiente e dos recursos naturais
renováveis, disciplinar a ocupação e exploração racionais fundamentadas
no ordenamento territorial e proteger as comunidades indígenas e as
populações dedicadas ao extrativismo.

Granato E.F.
2 Hierarquia das Leis

Constituição
Federal
Emenda à Constituição
Leis Complementares

Leis Ordinárias
Leis Delegadas
Medidas Provisórias Decreto Lei
Decretos Legislativos
Resoluções

Granato E.F.
2.1 Constituição Federal

A Constituição Federal estabelece no art. 59 espécies normativas primárias,


retirando sua validade diretamente da Carta Magna que são: Emendas à
Constituição, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas,
Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e as Resoluções.

É a Lei Fundamental e Suprema de uma nação ou Estado, denominada Lei


Maior, Lei Magna, Lei das Leis, Lei Suprema, Lei Máxima, regulando
relações políticas, traçando limites dos poderes, declarando direito e
garantias individuais e coletivas, tendo respeito de todas as outras normas.

A Carta Magna ocupa o ápice do ordenamento jurídico, é a norma superior


na qual as demais baseiam-se buscando os respectivos fundamentos
jurídicos de validade, sendo esta supremacia que estabelece que nenhuma
outra norma subsista validade, se for com ela incompatível.

Granato E.F.
Artigo 225
““Todos têm direito
direito ao
ao meio
meio ambiente
ambiente
ecologicamente
ecologicamente equilibrado,
equilibrado,
considerado
considerado bem
bem de de uso
uso comum
comum
do
do povo e essencial à boa
qualidade
qualidade de
de vida,
vida, impondo-se
impondo-se ao ao
Poder
Poder Público
Público ee àà coletividade
coletividade oo
dever
dever de
de defendê-lo
defendê-lo para
para as
as
presentes
presentes e futuras
futuras gerações.”
gerações.”

Granato E.F.
2.1.1 Constituição e Proteção ao Meio Ambiente

Primeira vez na história do Direito Brasileiro, o meio ambiente foi objeto de


tratamento direto no texto constitucional, considerado integrante do
patrimônio público e indispensável à existência da vida e à manutenção de
sua qualidade.

A C. F. de 1988, dedica um capítulo inteiro ao tema proteção ao meio


ambiente, sendo considerado o mais completo da legislação mundial atual.

Estas regras consagram constitucionalmente o direito a um meio ambiente


saudável, equilibrado e íntegro, constituindo sua proteção, conforme
reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.

Tão grande foi a preocupação com o meio ambiente, que dos 9 (nove)
Títulos, que compõe a nossa Constituição, em 6 (seis) deles aparecem
referências diretas ou indiretas à questão da preservação do meio
ambiente.

Granato E.F.
2.2 Emenda à Constituição
É a primeira espécie normativa, composta por quatro etapas
diferenciadas: iniciativa, votação, deliberação e promulgação,
não sendo esta, submetida à sanção presidencial.
O legislador previu uma Constituição rígida, fixando a idéia
de supremacia da ordem constitucional, seguindo a tradição
em nosso Direito Constitucional.
A emenda a Constituição Federal, quando proposta é
considerada um ato infraconstitucional sem qualquer
normatividade.
A atual C.F. traz no seu texto as limitações ao poder
reformador. O art. 60 § 4º dispõe que não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma
federativa de Estado.
Tais matérias formam o núcleo inatingível da C.F.,
denominado tradicionalmente por “cláusulas pétreas”.

Granato E.F.
2.3 Leis Complementares

São diplomas legais destinados a


complementar a constituição, são espécies
normativas que apresentam como
características: versar sobre matéria
expressamente prevista na Constituição; e
necessitar de aprovação por “quorum” de
maioria absoluta (art. 69) para que não sejam
nunca, os frutos da vontade de uma minoria
ocasionalmente em condições de fazer
prevalecer a sua voz. Só são editadas nos
casos expressamente previstos, pela C.F.

Granato E.F.
2.4 Leis Ordinárias
Espécies normativas tidas com o leis comuns, são
formais, cujos os atos são os tradicionais da função
legislativa normal, exercidos pelo Congresso Nacional e o
quorum para aprovação das leis ordinárias é de maioria
simples (art. 47).
As Leis ordinárias são manifestações positivas do direito,
transformado em normas objetivas, regras tradicionais de
conduta das pessoas e da coletividade.
São normas escrita que podem ser elaboradas por
iniciativa dos Poderes Executivo e Legislativo, devendo
em ambos os casos serem apreciadas pelo Congresso
Nacional, para posterior sanção do Presidente da
República, nos casos onde houver interesse da União.

Granato E.F.
2.5 Leis Delegadas
São atos normativos elaborados e editados pelo Presidente da
República mediante expressa autorização do Poder Legislativo,
e nos limites posto por este, constituindo-se verdadeira
delegação externa da função legiferante e aceita
modernamente, desde que com limitações, como mecanismo
necessário para possibilitar a eficiência do Estado e sua
necessidade de maior agilidade e celeridade.
Têm natureza jurídica idêntica às demais previstas no art. 59
da C.F., qual seja, espécie ou ato normativo primário, derivado
de pronto da C.F.. Para que sejam editadas se faz mister a
aprovação pelo Congresso Nacional de uma resolução,
autorizando o Presidente da República a editá-las.

Granato E.F.
2.6 Medidas Provisórias
São espécies normativas que têm força de lei, durante a sua
vigência, cujo prazo é de 30 dias. São editadas pelo Presidente
da República, único detentor do poder de iniciativa para editá-
las, nos casos previstos na C.F., em caso de relevância e
urgência.
Nestes casos o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.
As M.P. perderão eficácia, desde a edição se não forem
convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua
publicação.
A edição de M.P. paralisa temporariamente a eficácia da lei que
versava sobre a mesma matéria.
A M.P. enquanto normativa e definitiva e acabada, apesar de
sua temporalidade, estará sujeita ao controle de
constitucionalidade, como as demais leis e atos normativos.
Granato E.F.
2.7 Decreto-Lei
Ato legislativo com força de lei, utilizado pelo Executivo em
regimes ditatoriais ou e exceção, atualmente substituído pela
M.P., sendo diferentes o D.L. eram apresentado
alternativamente, em casos de urgência ou de interesse público
relevante, ao passo que os da M.P. são indicados
cumulativamente em casos de relevância e urgência.
O D.L. estava subordinado a uma condição (a inocorrência de
aumento de despesa) e apontava as matérias que podiam ter
por objeto, enquanto que a M.P. não depende de nenhuma
condição e pode, em princípio, versar sobre toda e qualquer
matéria.
O D.L. somente poderia se aprovado ou rejeitado “in totum”,
não permitindo a apresentação de emendas por parte dos
parlamentares, o mesmo não ocorre com as medidas
provisórias.

Granato E.F.
2.8 Decretos Legislativos
São espécies normativas destinadas a veicular as matérias de
competência exclusiva do Congresso Nacional, basicamente
do art. 49 da C.F., sendo de competência deste a
regulamentação exigida no parágrafo único do art. 62 da C.F.,
em razão do disposto na Resolução nº. 1/89 do Congresso
Nacional.
Os decretos legislativos são atos normativos primários,
veiculados da competência exclusiva do C.N., previsto no art.
59 da C.F., mas cujo o procedimento não é tratado pela
mesma, cabendo ao próprio Congresso discipliná-lo.
Conforme disposto no art. 49, inciso I da C.F., o C.N. poderá
aprovar os tratados e atos internacionais mediante a edição de
decretos legislativos.

Granato E.F.
2.9 Resoluções

Constituem igualmente as demais espécies


previstas no art. 59 da C.F. e são considerados
atos normativos primários, que disporão sobre
a regulação de determinadas matérias pelo
Congresso Nacional não incluídas no campo
da incidência dos decretos legislativos. O
procedimento para a elaboração das
resoluções não foi disciplinado pela
Constituição Federal.

Granato E.F.
2.10 Resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA

São atos formais de manifestação de


vontade, deliberativo para estabelecimento
de normas, diretrizes e critérios de controle
ambiental, no âmbito da política
governamental, objetivando a proteção, o
controle e a preservação ambiental.

Granato E.F.
2.11 Instruções Normativas

São atos administrativos expedidos pela


autoridade hierarquicamente superior, de órgãos
da administração pública, aos seus
administradores, com o objetivo de orientar a
execução da ação administrativa, assegurando a
sua unidade, não podendo contrariar a lei,
decreto, regulamento, pois são atos inferiores de
mero ordenamento administrativo inferiores.

Granato E.F.
2.12 Portarias

São atos administrativos de competência dos


Ministros de Estado e dirigentes dos órgãos, os
quais contemplam determinações normativas,
gerais ou especiais, versando sobre determinado
assunto, respeitando, sempre, o princípio da
reserva legal, e com ela não podendo confrontar-
se por ser inferior à lei. Tem como objetivo a
determinação de providências para o bom
andamento do serviço público.

Granato E.F.
3 Direito Ambiental Constitucional
A Constituição Brasileira de 1988, consagrou a tutela ao meio
ambiente, na forma de uma verdadeira constituição ambiental.
As constituições anteriores, nunca se preocuparam com o meio
ambiente, pela primeira vez no Brasil, uma Constituição dedica
um capítulo inteiro sobre meio ambiente (Cap. VI, art. 225) um
dos mais importantes e avançados da Carta Magna, dada a
relevância do tema.
Passa a ser um marco histórico de inegável valor, vez que as
Constituições que precederam esta, jamais se preocuparam
em dar proteção ao meio ambiente de forma específica e
global.
Naquelas sequer uma vez foi empregada a expressão “meio
ambiente”, a revelar total despreocupação com o próprio
espaço em que vivemos.

Granato E.F.
3.1 Regras Específicas
Com o comando do caput do art. 225, a atual Constituição
abrigou de maneira mundialmente exemplar, as propostas de
fundo humanístico-ambientalista e ético.
As funções do Direito ambiental fundam-se nos deveres éticos
e jurídicos de defender e preservar o meio ambiente, para as
presentes e futuras gerações.
Trata-se de dever que nos vincula a todos, porque também
todos são os que têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado.
A Constituição de 1988, além de dedicar um capítulo inteiro
sobre o meio ambiente, impõe várias regras, ampliando assim,
a proteção ambiental.

Granato E.F.
3.2 Regra de Garantia
Art. 5º - todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à prosperidade.
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.

Granato E.F.
3.3 Regras de Competência: Reparticão das
Competências entre União, Estado e Municípios

Para José Afonso da Silva, nossa


Constituição adotou a técnica de repartir as
competências da União, dos Estados e dos
Municípios, segundo parâmetros
tradicionalmente acolhidos nas Constituições
anteriores e as necessidades dos dias
modernos, visando à efetividade da atuação
estatal.
A competência da União é “enumerada”;
A dos estados, “remanescente”; e
A dos municípios definidas “indicativamente”.

Granato E.F.
3.3.1 COMPETÊNCIA
A competência se subdivide em:
 Privativa;
 Material Comum; e
 Legislativa Concorrente.

Granato E.F.
3.3.1.1 Privativa
A competência privativa da União para legislar e atuar
privativamente em matéria ambiental, está substanciada
nos incisos dos arts. 21 e 22, da Constituição Federal.
A competência privativa da União é aquela exercida de
forma exclusiva e divide-se em competência em:
- Competência privativa “de ordem administrativa; e
- Competência privativa “de ordem legislativa.
Para Toshio Mukai, essa separação é desnecessária,
visto que para atuar administrativamente a União terá,
necessariamente, que legislar sobre esses assuntos.

Granato E.F.
3.3.1.2 Material Comum
As competências que trata o art. 23 são de
natureza meramente administrativas, impondo-
se à União, aos Estado, Distrito Federal e
Municípios, o dever de exercer o poder de
polícia na conformidade com a lei, não
cabendo à administração pública policiar o
cidadão a não ser dando execução à lei.
Pela primeira vez, em nossa Carta Magna foi
contemplada a competência comum aos entes
federados, visando dar efetividade ao
federalismo cooperativo.

Granato E.F.
3.3.1.3 Legislativa Concorrente
Art. 24 – Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente.
Neste art. o legislador circunscreveu o campo de
atuação normativa de cada ente político,
determinando que os mesmos são titulares de
competência complementar e de competência
supletiva, inclusive a de legislar sobre normas gerais
para atender as suas peculiaridades na ausência de
normas da União. Entretanto excluiu, neste momento
o município.
Porém, é evidente que o município não ficou sem
competência normativa, que vale citar o disposto no
art. 30 da Constituição Federal.

Granato E.F.
3.3.2 Regras Gerais

A Constituição estabelece difusamente


diversas regras relacionadas à
preservação do meio ambiente.

Granato E.F.
3.3.3 A Função Social da Propriedade
A função social da propriedade deve ser entendida
como o atendimento de um conjunto de preceitos
disciplinares que estruturam o instituto da
propriedade considerando o seu papel como
instrumento do desenvolvimento econômico, social e
ecologicamente equilibrado.
A Constituição Federal consagra expressamente o
direito de propriedade no Título II – Dos Direitos e
Garantias Fundamentais.
O direito de propriedade não possui caráter absoluto,
ele está atrelado aos princípios da função social da
propriedade, cuja condição só se materializa
mediante o uso racional e adequado dos recursos
naturais disponíveis e à preservação do meio
ambiente.
Granato E.F.
3.3.4 A Responsabilidade Civil do
Estado e dos Servidores Públicos
A Constituição Federal de 1988, no parágrafo 3º do art.
225, cuidou de elevar ao plano constitucional a
responsabilidade dos causadores de danos ao meio
ambiente, além de prever a possibilidade de acumulação
das responsabilidades civil, penal e administrativa.
Como deixa claro o dispositivo, essa espécie, à qual se
aplicam as regras da teoria geral da responsabilidade do
estado, tem grande relevância na tutela do meio
ambiente.
As questões ambientais interessam sobremaneira à
coletividade, pois, o ambiente é um bem de interesse
comum e de importância para as gerações futuras,
incumbindo ao Poder Público o dever de preservá-lo,
para as presentes e futuras gerações.

Granato E.F.
4 Princípios que Regem o
Direito Ambiental
4.1 Conceito de Direito Ambiental
O Direito Ambiental é constituído por um conjunto de normas
de caráter preventivo que disciplinam a utilização dos
recursos ambientais, onde se objetiva, efetivamente,
combater a degradação ambiental, utilizando-se de
instrumentos normativos que protejam o meio ambiente.
Para o Profº. Paulo Leme Machado, o Direito Ambiental é
um direito sistematizador, que faz a articulação da
legislação, da doutrina e da jurisprudência concernentes aos
elementos que integram o ambiente.
Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua
abordagem antagônica. Não se trata mais de construir um
Direito da Águas, um Direito da Atmosfera, um direito do
solo, um Direito Florestal, um Direito da Fauna ou um Direito
da Biodiversidade.
Granato E.F.
4 Princípios que Regem o
Direito Ambiental
4.1 Conceito de Direito Ambiental
O Direito Ambiental não ignora o que cada matéria tem em
específico, mas busca interligar estes temas com a
argamassa da identidade dos instrumentos jurídicos de
preservação e de reparação, de informação, de
monitoramento e de participação.
Os princípios do Direito Ambiental estão voltados para a
proteção da vida em qualquer de suas formas.
O princípio basilar do Direito Ambiental deve ser sempre o
da prevenção, embora atue em três esferas básicas:
- A preventiva;
- A reparatória; e
- A Repressiva.

Granato E.F.
4.2 Princípios da Prevenção e
da Precaução
Também conhecido como Princípio da Prudência e da
Cautela é aquele que visa evitar danos irreparáveis ao
meio ambiente.
As intervenções no meio ambiente só deverão ser
realizadas, quando houver certeza que estas não
serão adversas ao meio ambiente.
Este princípio foi consagrado na Conferência da
Nações Unidas, sobre meio ambiente e
desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, em
junho de 1992 (Princípio nº 15).
De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da
precaução deve ser amplamente observado pelos
Estados de acordo com suas capacidades.

Granato E.F.
4.3 Princípio do Poluidor-Pagador

Este é um princípio jurídico de fundamental


importância, para a proteção ambiental.
É aquele que impõe ao poluidor o dever de
arcar com as despesas de prevenção,
reparação e repressão da poluição.
Este é o princípio de nº 16 consagrado na
Conferência das Nações Unidas (Rio-92).

Granato E.F.
4.4 Princípio da Cooperação
Solidária entre os Entes Públicos
O princípio da cooperação, expressa a
responsabilidade e as atividades conjuntas e
integradas do Estado e da Sociedade para a proteção
e preservação do meio ambiente ecologicamente
equilibrado, não podendo, no entanto, aquele deixar
de atuar sob pretexto da omissão desta.
O princípio da cooperação impõe ao Estado o dever
de adotar e manter mecanismos permanentes de
participação da Coletividade.
A tomada de consciência, da coletividade, quanto aos
problemas ambientais, depende de basicamente dois
instrumentos: informação e educação ambiental.

Granato E.F.
4.4 Princípio da Cooperação
Solidária entre os Entes Públicos
Foi comprovado que em algumas situações
específicas, onde a degradação causada no interior
de um determinado Estado pode efetivamente
acarretar danos ao meio ambiente em outro Estado
ou países vizinhos e também ao meio ambiente
global do planeta, por exemplo, acidentes com
materiais radioativos e nucleares, aumento
generalizado da temperatura da superfície da terra
pela emissão de substâncias poluentes, como o
dióxido de carbono, causador do denominado efeito
estufa.

Granato E.F.
4.4 Princípio da Cooperação
Solidária entre os Entes Públicos

As queimadas contribuem para o efeito estufa, afetando não só a área local,


mas também a área global do planeta. É dessa característica de problema
que surge a necessidade de cooperação entre os estados e países vizinhos,
buscando a integração de um ideal de cooperação em matéria ambiental.

Granato E.F.
4.4.1 Princípio da Educação Ambiental
A preocupação, de âmbito mundial, com os problemas
ambientais, fez reconhecer-se a importância da
educação ambiental que pode ser definida como:
O processo educacional de estudos e aprendizagem
dos problemas ambientais e suas interligações com o
homem, na busca de soluções que visem a
preservação do meio ambiente como um todo.
A Constituição Federal de 1988 previu como dever do
Poder Público, promover a educação ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente. (art. 225, § 1º,
IV).

Granato E.F.
4.4.1 Princípio da Educação Ambiental
Ao longo do anos, nos diversos documentos nacionais e internacionais,
foi-se ampliando o conceito de educação ambiental, como pode
apreciar-se nas seguinte definição:
“A educação ambiental concebida (...) Como um processo que consiste
em propiciar as pessoas compreensão global do ambiente, para
elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma
posição crítica e participativa a respeito das questões relacionadas com
a conservação e adequada da utilização dos recursos naturais, para a
melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do
consumismo desenfreado. Visando a construção de relações sociais,
econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças,
(minorias étnicas, populações tradicionais), a perspectiva da mulher, e
a liberdade para decidir caminhos alternativos de desenvolvimento
sustentável, respeitando os limites dos ecossistemas, substrato de
nossa própria possibilidade de sobrevivência como espécie.”
MEDINA, N. M. e SANTOS, E.C. Educação ambiental: uma metodologia participativa de formação. Petrópolis: Vozes, 1999.

Granato E.F.
4.4.2 Princípio da Participação,
Informação e da Notificação Ambiental
A participação popular visando à conservação e proteção do
meio ambienta está prevista na legislação brasileira, com
fundamento específico no art. 225 da Constituição Federal, e é
resultante do direitos de todos ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado e do conceito do ambiente como bem de uso comum
do povo.
Na legislação brasileira existem três mecanismos de
participação direta da população nas questões ambientais:
1 – A participação da sociedade nos conselhos, através das
ONGs, no sentido de contribuir para o aprimoramento das
normas ambientais e fiscalizar as ações do órgãos públicos
ambientais.
2 – A participação pública, atuando diretamente na defesa do
meio ambiente no processo de acompanhamento do processo
de avaliação de impacto ambiental, como um componente crítico
no sucesso do objetivo de tomada de decisão aberta.
3 – A participação popular em ações judiciais.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
A Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente reuniu-se em Estocolmo
entre os dia 05 e 16 de junho de 1972 e
visando a necessidade de se ter princípios
comuns para orientar os povos de todo o
mundo na preservação e melhoria do meio
ambiente.
Vinte e seis princípios constituem o
prolongamento da Declaração Universal dos
Direitos do Homem.

Granato E.F.
4.4.3 Princípios Consagrados nas
Conferências das Nações sobre
Meio Ambiente

Estocolmo em 1972

Rio de Janeiro em 1992

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 01 - O homem tem direito fundamental à liberdade
e qualidade e a adequadas condições de vida em ambiente
que lhe permita viver com dignidade e bem-estar. É seu
inalienável dever melhorar e proteger o meio ambiente para
as gerações atuais e futuras. Condenam-se, assim, e devem
ser eliminadas, as políticas que promovem o apartheid, a
segregação racial, a discriminação, a opressão colonialista e
outras formas de opressão ou dominação estrangeira.
Princípio 02 - Os recursos naturais, incluindo-se o ar, a água,
a terra, a flora, a fauna e, especialmente, amostras
representativas dos ecossistemas naturais, devem ser
salvaguardados em benefício das gerações atuais e das
futuras, por meio do cuidadoso planejamento ou
administração, conforme o caso.
Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 03 - A capacidade da terra em produzir recursos
renováveis deve ser mantida e, sempre que possível,
restaurada ou melhorada.
Princípio 04 - O homem tem responsabilidade especial em
salvaguardar e administrar conscientemente o patrimônio da
fauna e da flora primitivas e seu habitat, ora gravemente
ameaçados por um conjunto de fatores diversos. A
conservação da natureza, incluindo a flora e a fauna
selvagens, torna-se, pois, importante nos planos de
desenvolvimento econômico.
Princípio 05 - Os recursos não renováveis da terra devem ser
aproveitados de forma a evitar o perigo de seu futuro
esgotamento e assegurar que os benefícios de sua utilização
sejam compartilhados por toda a humanidade.
Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 06 - Deve-se por fim a descarga tóxica ou de outras
matérias e libertação de calor, em tais quantidades ou
concentrações, que ultrapassem a capacidade do meio ambiente
de neutralizá-la, a fim de não causar danos graves irreparáveis aos
ecossistemas. Deve-se, igualmente, apoiar a justa luta contra a
poluição em qualquer parte do mundo.
Princípio 07 - Os Estados deverão tomar todas as medidas
possíveis para evitar a poluição dos mares por substâncias
capazes de por em perigo a saúde do homem, causar danos aos
recursos biológicos marinhos, prejudicar os meios naturais de
recreio ou interferir em outros usos legítimos do mar.
Princípio 08 - O desenvolvimento econômico e social é
indispensável para assegurar ao homem um ambiente favorável de
vida e de trabalho e criar na terra condições necessárias para a
melhoria de qualidade de vida.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 09 - As deficiências ambientais geradas pelas condições
de subdesenvolvimento e pelos cataclismos provocam problemas
graves. O melhor modo de corrigi-las é acelerar o desenvolvimento
mediante a aplicação de substâncias recursos financeiros e
tecnológicos, como suplemento aos esforços internos dos países
em desenvolvimento e a eventuais necessidades.
Princípio 10 - Nos países em desenvolvimento, a estabilidade de
preços e a comercialização adequada dos gêneros de primeira
necessidade e matérias-primas são elementos essenciais para a
administração do meio ambiente, já que os fatores econômicos
devem ser levados em conta tanto quanto os processos ecológicos.
Princípio 11 - As políticas ambientais de todos os Estados devem
ser orientadas no sentido de reforçar o potencial de progresso
presente e futuro dos países em desenvolvimento, e não de afetar
adversamente esse potencial, nem de impedir a conquista de
melhores condições de vida para todos.
Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 12 - Deve haver disponibilidade de recursos para
preservação e melhoria do meio ambiente, levando-se em conta as
circunstâncias e as necessidades especiais dos países em
desenvolvimento, além de outros para fazer face às despesas
decorrentes da incorporação de medidas de proteção ambiental
nos planos de desenvolvimento.
Princípio 13 - Os Estados, a fim de melhorar as condições
ambientais, mediante uma administração mais racional de recursos,
devem adotar um processo integrado e coordenado para o
planejamento de seu desenvolvimento de modo a torná-lo
compatível com a necessidade de proteger e melhorar o meio
ambiente em benefício da população.
Princípio 14 - O planejamento racional constitui um instrumento
indispensável para conciliar os imperativos do desenvolvimento e a
necessidade de proteger e melhor o meio ambiente.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 15 - No planejamento dos núcleos populacionais e da
urbanização devem-se evitar efeitos prejudiciais ao meio ambiente e
buscar máximos benefícios sociais, econômicos e ambientais para
todos. Devem-se, portanto, abandonar os projetos que visem à
dominação colonialista e racista.
Princípio 16 - Políticas demográficas, que respeitem plenamente os
direitos humanos essenciais e sejam julgadas apropriadas pelos
Governos interessados, devem-se aplicar nas regiões em que a taxa
de crescimento da população ou suas concentrações excessivas
sejam de molde a produzir efeitos prejudiciais ao meio ambiente ou ao
desenvolvimento, ou onde quer que a baixa densidade possa criar
obstáculos à melhoria do meio ambiente e impedir o desenvolvimento.
Princípio 17 - Deve-se confiar a instituições nacionais apropriadas a
tarefa de planejar, administrar ou controlar a utilização dos recursos
ambientais dos Estados com vista a melhorar a qualidade do meio
ambiente.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 18 - A ciência e a tecnologia, como parte de sua
contribuição ao desenvolvimento econômico e social, devem-se
aplicar para identificar, evitar e combater os riscos ambientais, para
resolver os problemas do meio ambiente e, de modo geral, para o
bem comum da humanidade.
Princípio 19 - A educação em assuntos ambientais, para as
gerações jovens bem como para os adultos e com ênfase especial
aos menos favorecidos, é essencial para ampliar as bases de uma
opinião esclarecida e de uma conduta responsável por parte de
indivíduos, empresas e comunidades quanto à proteção e melhoria
do meio ambiente em sua plena dimensão humana. É igualmente
essencial que os veículos de comunicação de massa não só evitem
contribuir para a deteriorização do meio ambiente como, pelo
contrário, disseminem informações de caráter educativo sobre a
necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente de modo a
possibilitar o desenvolvimento do homem em todos os sentidos.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 20 - Em todos os países, especialmente nos em
desenvolvimento, devem-se estimular a evolução e a pesquisa
científica dentro do contexto dos problemas do meio ambiente, tanto
nacionais quanto multinacionais. Para tanto devem-se promover e
ajudar a livre circulação de conhecimentos e informações científicas
atualizadas, de modo a facilitar a solução dos problemas ambientais.
Tecnologias ambientais devem ser postas à disposição dos países em
desenvolvimento em condições que favorecem sua ampla
disseminação, sem constituir sobrecarga econômica para esses
países.
Princípio 21 - Assiste aos Estados, de acordo com a Carta das
Nações Unidas e os princípios do direito internacional, o direito
soberano de explorar seus próprios recursos em conformidade com
suas próprias políticas ambientais e cabe-lhes a responsabilidade de
assegurar que as atividades realizadas nos limites de sua jurisdição,
ou sob seu controle, não causem dano ao meio ambiente e de outros
Estados, ou a áreas situadas fora dos limites de qualquer jurisdição
nacional.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 22 - Os Estados cooperarão para o desenvolvimento
internacional no tocante às questões legais de responsabilidade e
indenização às vítimas da poluição e de outros danos ambientais
causados a áreas situadas além da jurisdição de tais Estados por
atividades realizadas dentro de sua jurisdição ou sob seu controle.
Princípio 23 - Sem prejuízo dos princípios que venham a ser
estabelecidos pela comunidade internacional ou dos critérios e padrões a
definir no plano nacional, será sempre indispensável considerar os
sistemas de valores vigentes em cada país, na determinação da
aplicabilidade de processos que, válidos embora para os países mais
avançados, podem ser impróprios e de custo social injustificado para os
países em desenvolvimento.
Princípio 24 - Todos os países, grandes ou pequenos, devem tratar as
questões internacionais relativas à proteção e melhoria do meio ambiente
com espírito de cooperação e em pé de igualdade. A cooperação, quer
por acordos multi ou bilaterais, quer por outros meios apropriados, é
essencial para controlar eficazmente, prevenir, reduzir ou eliminar os
efeitos ambientais adversos que resultem de atividades em qualquer
esfera, de tal modo que a soberania e os interesses de todos os Estados
sejam assegurados.

Granato E.F.
4.4.3.1 Estocolmo em 1972
Princípio 25 - Devem os Estados certificar-se de que as
organizações internacionais desempenham um mútuo papel
entrosado, eficiente e dinâmico na proteção e na melhoria do
meio ambiente. Melhor em ambiente mais adequado às
necessidades e esperanças do homem. São amplas as
perspectivas para a melhoria da qualidade ambiental e das
condições de vida. O que precisamos é de entusiasmo
acompanhado de calma mental, é de trabalho intenso, mas
ordenado. (...)
Princípio 26 - É necessário preservar o futuro e seu meio
ambiente dos efeitos das armas nucleares e de todos os
outros meios de destruição em massa. Os Estados devem
procurar chegar rapidamente a um acordo, nos organismos
internacionais competentes, sobre a proscrição e completa
destruição de tais armas."

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente, no Rio de Janeiro em 1992, com o
objetivo de estabelecer uma nova e justa parceria
global por meio do estabelecimento de novos níveis
de cooperação entre os Estados, os setores chave
da sociedade e os indivíduos, trabalhando com
vistas à conclusão de acordos internacionais que
respeitem os interesses de todos e protejam a
integridade do sistema global de meio ambiente e
desenvolvimento, reafirma os princípios elaborados
em Estocolmo em 1972 e adiciona outros.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 1 - Os seres humanos estão no centro das preocupações com o
desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva,
em harmonia com a natureza.
Princípio 2 - Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações unidas e
com os princípios de Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar
seus próprios recursos segundo suas próprias políticas de meio-ambiente e
desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua
jurisdição ou controle não causem danos ao meio ambiente de outros
Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional.
Princípio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser exercido, de modo a
permitir que sejam atendidas eqüitativamente as necessidades de gerações
presentes e futuras.
Princípio 4 - Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção
ambiental deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento, e
não pode ser considerada isoladamente deste.
Princípio 5 - Todos os estados e todos os indivíduos, como requisito
indispensável para o desenvolvimento sustentável, devem cooperar na tarefa
essencial de erradicar a pobreza, de forma a reduzir as disparidades nos
padrões de vida e melhor atender as necessidades da maioria da população
do mundo.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 6 - A situação e necessidades especiais dos países em
desenvolvimento relativo e daqueles ambientalmente mais vulneráveis,
devem receber prioridade especial. Ações internacionais no campo do
meio ambiente e do desenvolvimento devem também atender os
interesses e necessidades de todos os países.
Princípio 7 - Os Estados devem cooperar, em um espírito de parceria
global, para a conservação, proteção e restauração da saúde e da
integridade do ecossistema terrestre. Considerando as distintas
contribuições para a degradação ambiental global, os Estados têm
responsabilidades comuns porém diferenciadas. Os países desenvolvidos
reconhecem a responsabilidade que têm na busca internacional do
desenvolvimento sustentável, em vista das pressões exercidas por suas
sociedades sobre o meio-ambiente global e das tecnologias e recursos
financeiros que controlam.
Princípio 8 - Para atingir o desenvolvimento sustentável e mais alta
qualidade de vida para todos, os Estados devem reduzir e eliminar
padrões insustentáveis de produção e promover políticas demográficas
adequadas.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da
capacitação endógena para o desenvolvimento sustentável, pelo
aprimoramento da compreensão científica por meio do interc6ambio de
conhecimento científico e tecnológico, e pela intensificação do
desenvolvimento, adaptação, difusão e transferência de tecnologias,
inclusive tecnologias novas e inovadoras.
Princípio 10 - A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar
a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No
nível nacional, cada indivíduo deve ter acesso adequado a informações
relativas ao meio de que disponham as autoridades públicas, inclusive
informações sobre materiais e atividades perigosas em suas comunidades,
bem como a oportunidade de participar em processos de tomada de
decisões. Os Estados devem facilitar e estimular a conscientização e a
participação pública, colocando a informação à disposição de todos. Deve
ser propiciado acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos,
inclusive no que diz respeito a compensação e reparação de danos.
Princípio 11 - Os estados devem adotar legislação ambiental eficaz.
Padrões ambientais e objetivos e prioridades em matéria de ordenação do
meio ambiente devem refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a
que se aplicam. Padrões utilizados por alguns países podem resultar
inadequados para outros, em especial países em desenvolvimento,
acarretando custos sociais e econômicos injustificados.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 12 - Os Estados devem cooperar para o estabelecimento de um
sistema econômico internacional aberto e favorável, propício ao
crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável em todos os
países, de modo a possibilitar o tratamento mais adequado dos problemas
da degradação ambiental. Medidas de política comercial para propósitos
ambientais não devem constituir-se em meios para a imposição de
discriminações arbitrárias ou injustificáveis ou em barreiras disfarçadas ao
comércio internacional. Devem ser evitadas ações unilaterais para o
tratamento de questões ambientais fora da jurisdição do país importador.
Medidas destinadas a tratar de problemas ambientais transfronteiriços ou
globais devem, na medida do possível, basear-se em um consenso
internacional.
Princípio 13 - Os Estados devem desenvolver legislação nacional relativa
a responsabilidade e indenização das vítimas de poluição e outros danos
ambientais. Os estados devem ainda cooperar de forma expedita e
determinada para o desenvolvimento de normas de direito ambiental
internacional relativas a responsabilidade e indenização por efeitos
adversos de danos ambientais causados, em áreas fora de sua jurisdição,
por atividades dentro de sua jurisdição ou sob seu controle.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 14 - Os estados devem cooperar de modo efetivo para
desestimular ou prevenir a realocação ou transferência para outros
Estados de quaisquer atividades ou substâncias que causem degradação
ambiental grave ou que sejam prejudiciais à saúde humana.
Princípio 15 - De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da
precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com
suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou
irreversíveis, a aus6encia de absoluta certeza cientifica não deve ser
utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente
viáveis para prevenir a degradação ambiental.
Princípio 16 - Tendo em vista que o poluidor deve, em princípio, arcar
com o custo decorrente da poluição, as autoridades nacionais devem
promover a internacionalização dos custos ambientais e o uso de
instrumentos econômicos, levando na devida conta o interesse público,
sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais.
Princípio 17 - A avaliação de impacto ambiental, como instrumento
nacional, deve ser empreendida para as atividades planejadas que
possam vir a ter impacto negativo considerável sobre o meio ambiente, e
que dependam de uma decisão de autoridade nacional competente.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 18 - Os Estados devem notificar imediatamente outros
Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergências
que possam gerar efeitos nocivos súbitos sobre o meio-ambiente
destes últimos. Todos os esforços devem ser empreendidos pela
comunidade internacional para auxiliar os Estados afetados.
Princípio 19 - Os Estados devem prover oportunidades, a estados
que possam ser afetados, notificação prévia e informações
relevantes sobre atividades potencialmente causadoras de
considerável impacto transfronteiriço negativo sobre o meio-
ambiente, e devem consultar-se com estes tão logo quanto possível
e de boa fé.
Princípio 20 - As mulheres desempenham papel fundamental na
gestão do meio-ambiente e no desenvolvimento. Sua participação
plena é, portanto, essencial para a promoção do desenvolvimento
sustentável.
Princípio 21 - A criatividade, os ideais e a coragem dos jovens do
mundo devem ser mobilizados para forjar uma parceria global com
vistas a alcançar o desenvolvimento sustentável e assegurar um
futuro melhor para todos.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 22 - As populações indígenas e suas comunidades, bem
como outras comunidades locais, t6em papel fundamental na gestão
do meio-ambiente e no desenvolvimento, em virtude de seus
conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer
e apoiar de forma apropriada a identidade, cultura e interesses
dessas populações e comunidades, bem como habilitá-las a
participar efetivamente da promoção do desenvolvimento sustentável.
Princípio 23 - O meio-ambiente e os recursos naturais dos povos
submetidos a opressão, dominação e ocupação devem ser
protegidos.
Princípio 24 - A guerra é, por definição, contrária ao
desenvolvimento sustentável. Os Estados devem, por conseguinte,
respeitar o direito internacional aplicável à proteção do meio-
ambiente em tempos de conflito armado, e cooperar para seu
desenvolvimento progressivo, quando necessário.
Princípio 25 - A paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental são
interdependentes e indivisíveis.

Granato E.F.
4.4.3.2 Rio de Janeiro em 1992
Princípio 26 - Os Estados devem solucionar todas as suas
controvérsias ambientais de forma pacífica, utilizando-se
meios apropriados, de conformidade com a Carta da Nações
Unidas.
Princípio 27 - Os Estados e os povos devem cooperar de boa
fé e imbuídos de um espírito de parceria para a realização dos
princípios consubstanciados nesta Declaração, e para o
desenvolvimento progressivo do direito internacional no
campo do desenvolvimento sustentável.

Granato E.F.
5 Da Política Nacional do
Meio Ambiente - PNMA
Foi com o advento da Lei nº 6.938, 31 de agosto de 1981,
que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
conhecemos uma definição legal e passamos a ter uma
visão global de proteção ao meio ambiente, pois até então, o
mesmo era visto de forma fragmentada, dividido em partes.
Ela foi editada com o fito de estabelecer a política nacional
do meio ambiente, seus fins, mecanismos de formulação,
aplicação, conceitos, princípios, objetivos, penalidades
devendo ser entendida como um conjunto de instrumentos
legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos
destinados à promoção do desenvolvimento sustentado da
sociedade e da economia brasileira. Embora tenha sido
editada no início da década de 80, continua sendo de
fundamental importância para o meio ambiente.

Granato E.F.
5.1 Princípios da PNMA
O artigo 2º da referida lei, estabeleceu que a preservação, a
melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propiciam à
vida, visando assegurar no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendido os seguintes princípios:
I – equilíbrio ecológico, considerando meio ambiente como patrimônio
público;
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recurso ambientais;
IV – proteção dos ecossistemas;
V – controle e zoneamento das atividades potencialmente ou
efetivamente poluidoras;
VI – Incentivo ao estudo e a à pesquisa de tecnologias voltadas para o
uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII – recuperação e áreas degradadas;
IX – proteção das áreas ameaçadas de degradação; e
X – a educação ambiental em todos os níveis de ensino.

Granato E.F.
5.2 Objetivos da PNMA
Os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente
estão dispostos no artigo 4º da Lei nº 6.938/81.
Quanto ao art. 5º, este faz referência às diretrizes da
Política Nacional do Meio Ambiente, que deverão
orientar a ação dos governos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, determinando
que esta ação seja formulada em normas e planos,
buscando a preservação da qualidade ambiental e
manutenção do equilíbrio ecológico.

Granato E.F.
5.3 Sistema Nacional de
Meio Ambiente – SISNAMA
O Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA
(art. 6º da Lei nº 6.938/81), é formado por um
colegiado composto pelos órgãos e entidades da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios e
fundações responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental, e tem como finalidade
estabelecer uma rede de agências governamentais,
nos diversos níveis da Federação, visando assegurar
mecanismos de eficiência que garanta a
implementação da PNMA.

Granato E.F.
5.4 Instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente

Os instrumentos da Política Nacional do


Meio Ambiente estão elencados no artigo
9º e tem como finalidade viabilizar a
consecução da PNMA.

Granato E.F.
5.5 legislação de
Apoio ao Tema
5.5.1 Lei nº 6.938, de 31/08/1981
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras
providências.

Granato E.F.
6 Da Política Nacional de
Recursos Hídricos
A preocupação com as águas e a preservação das
paisagens é bastante antiga, no direito, pois desde a
antigüidade já existiam normas sobre tais assuntos,
porém, ligadas à noção do direito de vizinhança ou
valores econômicos de desvalorização da propriedade, e
sempre de maneira isolada e tópica, sem qualquer
relação com outros componentes do meio ambiente.
A preocupação brasileira com a qualidade da água é
bem recente, isto porque, a água sempre foi tratada sob
a ótica do Direito Privado, e é considerada um bem
inesgotável.

Granato E.F.
6 Da Política Nacional de
Recursos Hídricos
Só a partir da vigência do Código de Águas, na década
de 30, (Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934) e de
forma bem acompanhada, a matéria passou a ser
enfocada sob a ótica do Direito Público.
A partir daí, tornou-se crescente a preocupação com
utilização dos recursos hídricos, em razão da escalada
na sua destruição.
Foi com a edição da Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de
1997, a qual Instituiu a Política Nacional dos Recursos
Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, que se efetivou a implantação da
nova ordem constitucional.

Granato E.F.
6.1 Fundamentos da Política Nacional
de Recursos Hídricos – PNRH
No novo comando legal, ficou expressamente declarado, os
fundamentos da PNRH, em seu art. 1º da Lei 9433/97 que são:
I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico; portanto deve ser preservado para as presentes e
futuras gerações;
III – em situação de escassez, o uso prioritário dos recursos
hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV – a gestão dos recurso hídricos deve sempre proporcionar uso
múltiplo das águas;
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação
da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e com
a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Granato E.F.
Granato E.F.
6.2 Objetivos da Política Nacional de
Recursos Hídricos
Objetivos (Art. 2° da Lei 9433/97):
I - Garantir água em qualidade e quantidade adequada
aos respectivos usos para a atual e para as futuras
gerações;
II - Proporcionar e incentivar o uso racional e integrado
dos recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento
sustentável;
III - Promover a prevenção e a defesa contra eventos
hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do
uso inadequado dos recursos naturais

Granato E.F.
6.3 Dos Instrumentos da Política
Nacional de Recursos Hídricos
Instrumentos necessários à efetivação dos objetivos e à
gestão integrada dos recursos, Art. 5° da Lei 9433/97:
I - Os Planos de Recursos Hídricos;
II - O enquadramento dos corpos de água em classes,
segundo os usos preponderantes;
III - A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - A cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
V - A compensação a municípios;
VI - O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

Granato E.F.
6.3 Dos Instrumentos da Política
Nacional de Recursos Hídricos
A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser
suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado,
nas seguintes circunstâncias (Art. 15° da Lei 9433/97):
I - não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;
II - ausência de uso por três anos consecutivos;
III - necessidade premente de água para atender a situações de
calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas;
IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental;
V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo,
para os quais não se disponha de fontes alternativas;
VI - necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade
do corpo de água.

Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo


não excedente a trinta e cinco anos, renovável (Art. 16° da Lei 9433/97).

Granato E.F.
6.4 Da Cobrança do uso de
Recursos Hídricos
Art. 19°, a cobrança pelo uso de recursos hídricos
tem como objetivo:
I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao
usuário uma indicação de seu real valor;
II - incentivar a racionalização do uso da água;
III - obter recursos financeiros para o financiamento
dos programas e intervenções contemplados nos
planos de recursos hídricos.

Granato E.F.
6.5 Do Sistema de Informação
sobre Recursos Hídricos
Art. 25°. O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos é um
sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de
informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua
gestão.
Art. 26. São princípios básicos para o funcionamento do Sistema de
Informações sobre Recursos Hídricos:
I - descentralização da obtenção e produção de dados e informações;
II - coordenação unificada do sistema;
III - acesso aos dados e informações garantido à toda a sociedade.
Art. 27. São objetivos do Sistema Nacional de Informações sobre
Recursos Hídricos:
I - reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre a
situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no Brasil;
II - atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e
demanda de recursos hídricos em todo o território nacional;
III - fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos
Hídricos.

Granato E.F.
6.6 Do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos
Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, com os seguintes objetivos:
I - coordenar a gestão integrada das águas;
II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados
com os recursos hídricos;
III - implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a
recuperação dos recursos hídricos;
V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

Granato E.F.
7 Do Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental e a revisão de atividades efetiva
ou potencialmente poluidoras, é um instrumento da Política
Nacional do Meio Ambiente, previsto no art. 9º, inciso IV, da
Lei 6.938/81. A Resolução CONAMA nº 237/97, define:
 Conceito;

 Licença ambiental;

 Normas disciplinadoras;

 Competência;

 Tipos de licença, prazos, condicionantes e publicidade;

 AIA / EIA / RIMA;

 EIA / RIMA; e

 Instrumentos legais de licenciamento ambiental.

Granato E.F.
7.1 Conceito
Licenciamento ambiental é o procedimento
administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas
técnicas aplicáveis ao caso.

Granato E.F.
7.2 Licença Ambiental
É ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e
as medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras de
recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação
ambiental.

Granato E.F.
7.3 Normas Disciplinadoras
A Constituição Federal de 1988, determinou que para a instalação
de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, deverá ser exigido na forma da lei,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.
(artigo 225, 1º, II), recepcionando, assim: 3º do art. 10 da Lei nº
6.803/80, que dispõe sobre diretrizes básicas para o zoneamento
industrial nas áreas críticas de poluição.
Tendo que ser obedecida a exigência contida no art. 10 da Lei nº
6.938/81, regulamentada pelo Decreto nº 99.274/90, que dispõe
sobre o prévio licenciamento de órgão estadual competente,
integrante do SISNAMA e do IBAMA, independente de outras
licenças exigíveis.
Os pedidos de licenciamento ambiental, sua renovação e a
respectiva concessão serão publicados (publicação resumida) no
jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional local
de grande circulação e os custos dessa publicação ficarão a cargo
do interessado. (§ 1º, art. 10, Lei 6.938/81 e § 4º, art. 17, Dec. 99.274/90)

Granato E.F.
7.3 Normas Disciplinadoras
A Resolução CONAMA 06/86, alterada pela 281/01, aprova os modelos de
publicação de licenciamento em quaisquer de suas modalidades, mas
somente para empreendimentos e atividades relacionadas no art. 2º da
Resolução 01/86, ou para aqueles que sejam indicados como significativo
impacto ambiental.
Nos demais casos, em que é exigido o licenciamento ambiental, os órgãos
competentes poderão estabelecer modelos simplificados das publicações
necessárias.
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE, foi criada e
instalada pela MP 2.198-5/2001 com objetivo de propor e implementar
medidas de natureza emergencial decorrentes de escassez de chuva crítica
para compatibilizar a demanda e a oferta de energia elétrica, de forma a
evitar interrupções do suprimento da mesma.
A Resolução CONAMA 273/01, disciplina as atividades de derivados de
petróleo e outros combustíveis.
O Código Ambiental do Estado de Mato Grosso, instituiu a LAU – Licença
Ambiental Única, que autoriza a implantação e operação das atividades de
desmatamento, exploração florestal e projetos agropecuários de pequeno
porte. Conforme disposto na Lei Compl. 38/95.

Granato E.F.
7.4 Competência
Art. 4º, da Res. CONAMA 237/97 Compete ao
IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o
licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10
da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de
empreendimentos e atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a
saber:
I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no
Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na
plataforma continental; na zona econômica
exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de
conservação do domínio da União.
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais
Estados;

Granato E.F.
7.4 Competência
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os
limites territoriais do País ou de um ou mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar,
transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em
qualquer de suas formas e aplicações, mediante
parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN;
V- bases ou empreendimentos militares, quando
couber, observada a legislação específica.

Granato E.F.
7.4 Competência
§ 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este
artigo após considerar o exame técnico procedido
pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em
que se localizar a atividade ou empreendimento, bem
como, quando couber, o parecer dos demais órgãos
competentes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento
de licenciamento.
§ 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência
supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento
de atividade com significativo impacto ambiental de
âmbito regional, uniformizando, quando possível, as
exigências.
Granato E.F.
7.4 Competência
Art. 5º. Compete ao órgão ambiental estadual ou do
Distrito Federal o licenciamento ambiental dos
empreendimentos e atividades:
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um
Município ou em unidades de conservação de domínio
estadual ou do Distrito Federal;
II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e
demais formas de vegetação natural de preservação
permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771,
de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim
forem consideradas por normas federais, estaduais ou
municipais;

Granato E.F.
7.4 Competência
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os
limites territoriais de um ou mais Municípios;
IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito
Federal, por instrumento legal ou convênio.
Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do
Distrito Federal fará o licenciamento de que trata este
artigo após considerar o exame técnico procedido
pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se
localizar a atividade ou empreendimento, bem como,
quando couber, o parecer dos demais órgãos
competentes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento
de licenciamento.

Granato E.F.
7.4 Competência
Art. 6º. Compete ao órgão ambiental municipal,
ouvidos os órgãos competentes da União, dos
Estados e do Distrito Federal, quando couber, o
licenciamento ambiental de empreendimentos e
atividades de impacto ambiental local e daquelas
que lhe forem delegadas pelo Estado por
instrumento legal ou convênio.

Granato E.F.
7.5 Tipos de Licença, Prazos,
Condicionantes e Publicidade
LICENÇA PRÉVIA - LP, na fase preliminar do planejamento
da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos
nas fases de localização, instalação e operação, observados
os planos municipais, estaduais e federais de uso do solo.
Prazo máximo: 5 anos (art. 19, inciso I, Dec. 99.274/90).
LICENÇA DE INSTALAÇÃO - LI, autorizando o início da
implantação, de acordo com as especificações constantes do
projeto executivo aprovado.
Prazo máximo: 6 anos (art. 19, inciso II, do Dec. 99.274/90).
LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO, autorizando, após as
verificações necessárias, o início da atividade licenciada, e o
funcionamento de seus equipamentos de controle de
poluição, de acordo com o contido na LP e na LI.
Prazo máximo: 4 anos (art. 19, inciso III, Dec. 99.274/90).

Granato E.F.
7.6 Da Avaliação de Impacto Ambiental – AIA
Do Estudo de Impacto Ambiental – EIA
E Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA
AIA - Avaliação de Impacto Ambiental: instrumento previsto no art. 9º,
III, da lei 6.938/81.
São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise
da licença requerida, tais como (art. 1°, III, da resolução 237/97,
CONAMA):
a) EIA - Estudo de Impacto Ambiental e RIMA - Relatório de Impacto Ambiental;
b) Plano e projeto de controle ambiental;
c) Relatório ambiental preliminar;
d) Diagnóstico ambiental;
e) Plano de manejo;
f) Plano de recuperação de área degradada - PRAD;
g) Análise preliminar de risco.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA, pressupõe o
controle preventivo de danos ambientais. Uma vez
constatado o perigo ao meio ambiente, deve-se ponderar
sobre os meios de evitar ou minimizar o prejuízo. A Lei n.
6.938/81 estabeleceu a “avaliação dos impactos
ambientais” (art. 9º, III) como instrumento da Política
Nacional do Meio Ambiente.
A Constituição Federal de 1988 determinou em seu art.
225, § 1º, IV, que incumbe ao Poder Público “exigir, na
forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a
que se dará publicidade”. Nesse estudo, avaliam-se todas
as obras e todas as atividades que possam causar séria
deterioração ao meio ambiente.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório
de impacto ambiental – EIA/RIMA
O EIA - Estudo de Impacto Ambiental, é um estudo técnico
científico de planejamento, controle e redução da degradação
ambiental. É fundamentado no Art. 225 10, inciso IV da
Constituição Federal, Lei Federal nº 6.938/81 Resoluções
CONAMA nos 01/86, 09/88 e 237/97.
O RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, é um
instrumento de comunicação,  simplificado do estudo de
Impacto Ambiental. 
O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental têm critérios
básicos e diretrizes gerais estabelecidas através da
Resolução CONAMA No  01/86. 
A Constituição determina que o poder público deve exigir o
EIA/RIMA, nos caso de atividades ou empreendimentos
potencialmente causadores de significativa degradação do
meio ambiente.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório
de impacto ambiental – EIA/RIMA
O EIA deve ser elaborado para atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras
de significativa degradação do meio ambiente.
Os Estudos Ambientais deverão ser realizados por
equipes multidisciplinares legalmente habilitadas
(com registro no Conselho de Classe e Cadastro de
Instrumento e Defesa), a expensas do
empreendedor.
Os profissionais que subscreverem os estudos
serão responsáveis pelas informações
apresentadas, sujeitando-se às sanções
administrativas, civis e penais.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório
de impacto ambiental – EIA/RIMA
O EIA/RIMA não figura sozinho no rol dos Instrumentos de
Licenciamento Prévio. Há também o:
 PCA/RCA - Plano de Controle Ambiental e Relatório de
Controle Ambiental: se destina a avaliar o impacto de
atividades capazes de gerar impacto ao ambiente, porém
em grau menor e por isso dispensaria a complexidade e o
aparato técnico-científico para tal elaboração.
 PRAD - Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas: (Decreto 97.632/89) é um instrumento
complementar ao EIA em atividades de mineração visando
a garantir a plena recuperação da área degradada.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório
de impacto ambiental – EIA/RIMA
Art. 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá,
no mínimo, as seguintes atividades técnicas:
1 - Diagnóstico ambiental da área de influência do Projeto
contemplando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima;
b) o meio biótico - a fauna e a flora;
c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, o
uso da água e a sócio-economia, sítios e monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as
relações de dependência entre a sociedade local, os
recursos ambientais e a potencial utilização futura desses
recursos.

Granato E.F.
7.7 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório
de impacto ambiental – EIA/RIMA
2 - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas
alternativas;
3 - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos;
4 - Elaboração do programa de acompanhamento e
monitoramento dos impactos positivos e negativos,
indicando os fatores e parâmetros a serem considerados.
 Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental,
o órgão competente fornecerá as instruções adicionais que
se fizerem necessárias, pelas peculiaridades do projeto e
características ambientais da área.
 O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, deverá ser
apresentado no mesmo escopo básico do EIA, descrito de
forma objetiva e as informações apresentadas em linguagem
acessível ao público leigo.

Granato E.F.
Órgãos Ambientalistas
Órgãos Nacionais
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
IBAMA - Inst. Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Região Centro-Oeste
FEMAGO - Fundação Estadual do Meio Ambiente – GO
SEMA - Secretaria de Meio Ambiente - MS
Região Nordeste
CRA - Centro de Recursos Ambientais – BA
SEMACC -Super. Estadual de Meio Ambiente – CE
IDEMA - Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente – RN
ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente - SE
Região Norte
SECTAM – Secretaria Exececutiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - PA
Região Sudeste
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – SP
FEAM -Fundação Estadual do Meio Ambiente – MG
FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - RJ
Região Sul
IAP - Instituto Ambiental do Paraná – PR
FATMA - Fundação do Meio Ambiente – SC
FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental - RS

Granato E.F.
Propriedades do Licenciamento com AIA
 Participação Pública;
 Manifestações de órgãos setoriais:
 DEPRN – Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais
 DUSM – Departamento do Uso do Solo Metropolitano
 CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
 IF – Instituto Florestal
 CPLA – Coordenadoria de Planejamento Ambiental
 Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico,
Artístico e Turístico
 DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica
 Licenciamento em 3 fases, com prazo de validade;
 Licenciamento com base em:
 RAP – (RAIAS - Relatório de Ausência de Impacto Ambiental): em SP
chama-se RAP – Relatório Ambiental Preliminar – art. 1°, III da res.
237/97.
 EIA/RIMA

Granato E.F.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente - SP
Granato E.F.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente - SP
Granato E.F.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente - SP
Granato E.F.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente - SP
Granato E.F.
7.8 Instrumentos Legais de
Licenciamento Ambiental
Os Instrumentos Legais de Licenciamento Ambiental
estão dispostos:
 Na Constituição Federal de 1988. Art. 225, inciso IV;
 Na Lei 6.938/81, alterada pela Lei 7.804/89;
 No Decreto 99.274/90; e
 Nas Resoluções CONAMA.

Granato E.F.
7.8.1 Resolução nº 237, de
19 de Dezembro de 1997
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -
CONAMA, no uso das atribuições e competências
que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, regulamentadas pelo Decreto nº
99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista o
disposto em seu Regimento Interno, e considerando
diversas necessidades e diretrizes, publica a
Resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997,
composta por 21 artigos que tratam do
licenciamento, dos estudos e do impacto ambiental.

Granato E.F.
7.8.1 Resolução CONAMA nº 237/97
Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos
ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico
ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
III – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área
de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.

Granato E.F.
8 Reparação do Dano Ambiental
A obrigatoriedade da reparação do dano Ambiental
está inserida na Lei n.º 6.938/81 em seu § 1º do art.
14,que estabelece: “Sem obstar a aplicação das
penalidades deste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
(...)”. Sendo esta norma uma ferramenta de
fundamental importância para a garantia de um meio
ambiente ecologicamente equilibrado.

Granato E.F.
8.1 Conceito de Dano Ambiental
“Dano Ambiental é a lesão aos recursos ambientais, com a
conseqüente degradação – alteração adversa ou in pejus – do
equilíbrio ecológico” Edis Milaré
Por recursos ambientais, entende–se como sendo “a
atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
biosfera, a fauna e a flora” (Lei n.º 6.938/81 Art. 3º, V).
Podemos então concluir, que dano ambiental é toda e
qualquer forma de degradação que afete o equilíbrio
ecológico do meio ambiente, tanto físico quanto estético.
Denota–se pelo próprio conceito acima, que é muito difícil a
reparação do dano ambiental.

Granato E.F.
8.2 Formas de Reparação do
Dano Ambiental
No nosso ordenamento jurídico há duas formas de reparação do dano
ambiental: a primeira pela reconstituição do bem lesado e a segunda pela
indenização em dinheiro.
A reconstituição do bem lesado seria a forma mais adequada ao
ressarcimento do evento prejudicial ao meio ambiente, pois o objetivo
primordial em sede de direito ambiental é preservar o meio ambiente
ecologicamente equilibrado para as gerações presentes e futuras. Contudo na
prática, isto é muitas vezes torna–se impossível e em alguns casos, embora
na composição do dano, o responsável, replante a mesma espécie florestal
que desmatou, o meio ambiente agredido não retorna ao seu status quo ante,
é só verificarmos os casos de exploração florestal nas reservas indígenas,
onde foi retirada vegetação, que a natureza levou 50 anos para formar. Por
outro lado, não há no nosso ordenamento jurídico, normas legais que versem
sobre critérios de reparação de danos ambientais. Ficando muitas vezes difícil
apurar o valor do dano ambiental, posto que os elementos que o compõem
são insuscetíveis de fixação valorativa.

Granato E.F.
8.2 Formas de Reparação do
Dano Ambiental
Reparação natural ou in specie - é a reconstituição ou
recuperação do meio ambiente agredido, cessando-se a
atividade lesiva e revertendo-se a degradação ambiental =
modalidade ideal.
Indenização – Reparação econômica do dano ambiental,
mediante o pagamento de quantia equivalente ao dano,
destinado aos Fundos Ambientais (Federal, Estadual ou
Municipal). Somente quando não seja viável fática ou
tecnicamente a reparação natural.
Compensação Ambiental – Custeio de programas, projetos
de relevância ambiental, apesar de não haver previsão legal,
tem sido admitido como forma de reparação ambiental, mas
deve-se ter cautela na utilização dessa forma.
Granato E.F.
8.3 Responsabilidade pela
Reparação do Dano Ambiental
Poderão responder pelo dano ambiental os autores
diretos ou indiretos da lesão ambiental, a administração
pública e os entes públicos, basta que exista a atividade
danosa ao meio ambiente, somando à existência do nexo
causal entre estes e a atividade danosa.
Nos termos da lei, o responsável principal é o “poluidor”.
De acordo com dispositivo legal, poluidor é “a pessoa
física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsáveis direta ou indiretamente, por atividade
causadora de degradação ambiental”. (Lei n.º 6.938/81,
art.14, § 1º e art. 3º, IV).

Granato E.F.
8.3 Responsabilidade pela
Reparação do Dano Ambiental
Embora quem quer que contribua para a
degradação do meio ambiente é civilmente
responsável pelos danos daí decorrentes, não há
dúvida que a responsabilidade primeira, mas não
exclusiva, reside com o empreendedor. É ele o
titular do dever principal de zelar pelo meio
ambiente e é ele que aproveita, direta e
economicamente, a atividade lesiva.

Granato E.F.
9 Da Responsabilidade Penal,
Civil e Administrativa
O desenvolvimento econômico e social indispensável à
civilização dos tempos modernos, tem sido a justificativa
para a acelerada, e muitas vezes, irreversível devastação
do nosso patrimônio natural.
Nas últimas décadas a poluição, o desmatamento, a caça,
a pesca predatória não são mais praticadas em pequena
escala.
A degradação ambiental, tem alcançado níveis tão
assustadores, que levou a sociedade a repensar esse
modelo de desenvolvimento, e ao mesmo tempo, buscar
a tutela jurídica penal dos bens ambientais, por entender,
serem os mesmos, necessários à vida.

Granato E.F.
9.1 Modalidade das Infrações
Ambientais

Infração Administrativa

Infração Civil

Infração Penal

Granato E.F.
9.1.1 Infração Administrativa
Infração administrativa é o cometido de uma
transgressão contra a administração pública, cuja
sanção pode ser aplicada isolada ou
cumulativamente.
Na verdade, é a transgressão cometida em
desacordo com as normas legais ou regulamentos
da administração pública, a qual se impõe a
penalidade administrativa.
A Lei 9.605/98, preencheu uma importante lacuna no
que se refere aos ilícitos administrativos ambientais
e quanto à previsão de sanções a serem impostas
pela Administração Pública.

Granato E.F.
9.1.2 Infração Civil
É a infração cometida em desacordo com as
leis, normas ou regras jurídicas, ou contra o
interesse privado de outrem, onde se impõe,
obrigatoriamente, a responsabilidade civil de
reparação de dano

Granato E.F.
9.1.3 Infração Penal

A Lei 9.605/98, sistematizou os tipos penais


antes dispersos em vários diplomas legais e
deu um tratamento mais rigoroso aos
responsáveis pelas condutas criminosas que
agridem o meio ambiente .
A infração penal é a violação da lei penal, que
resulta no crime ou na contravenção e dá
margem à aplicação da pena restritiva da
liberdade.

Granato E.F.
9.2 Das Sanções
Conceito

Sanção Administrativa

Sanção Civil

Sanção Penal

Granato E.F.
9.2.1 Conceito
Sanção é uma pena ou recompensa com a qual se
tenta garantir a execução de uma Lei ou norma
Jurídica. É o meio coercitivo disposto pela própria Lei
ou norma jurídica, para que se imponha o seu
mandado ou a sua ordenação .
A natureza jurídica da sanção ambiental, está disposta
no artigo 225, § 3º da Constituição Federal, in verbis:
“As condutas e as atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
e jurídicas, as sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
ambientais.”
Granato E.F.
9.2.2 Sanção Administrativa
É imposta aos infratores de forma repressiva e abarcam um
graduação que vai desde a pena de advertência, até a
reparação dos danos causados.
A finalidade da sanção administrativa é impor uma
conseqüência desfavorável ao infrator.
A Lei 9.605/98, em seu art.70 definiu a infração administrativa
ambiental como sendo, toda ação ou omissão que viole regras
jurídicas de uso, gozo, promoção e recuperação do meio
ambiente.
Comandou ainda, a referida lei, no parágrafo 4º do mesmo
artigo que as infrações ambientais serão apuradas em processo
administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o
contraditório.
A lei em análise, deixou claro no parágrafo 1º do artigo 70,
quem são os entes federados competentes para lavratura de
autos de infração em matéria ambiental.
9.2.3 Sanção Civil
É aquela em que se impõe ao infrator a
obrigação de reparar o dano por ele
provocado. A sanção civil é imposta pelo
juiz, e pode ser aplicada, através da Ação
Civil Pública, quando o infrator não recuperar
o dano ambiental espontaneamente.

Granato E.F.
9.2.3.1 Ação Civil Pública
É um instrumento de tutela de interesse da sociedade, foi
inserida no Constituição Federal de 1988, regulada pela Lei n.º
7.347/85, de 24/07/85, traz como características principais:
1 – Proteger o meio ambiente, o consumidor e os bens e interesses
de valor artístico, estético, histórico, paisagístico e turístico, ou
seja, os bens de interesses difusos e coletivos, como os rotulou a
Constituição no art. 129, III.
2 – A projeção desses interesses e bens far-se-á através de três
vias: cumprimento da obrigação de fazer, cumprimento da
obrigação de não fazer e condenação em dinheiro.
3 – A Ação consagrou o Ministério Público, valorizando o seu papel
como defensor dos bens de interesse público e o meio ambiente,
bem de interesse difuso.

Granato E.F.
9.2.4 Sanção Penal
É aquela imposta aos infratores pela prática de um delito, cuja
repercussão é retribuída na forma de pena. Heleno Cláudio Fragoso,
ao definir pena, assim se manifestou: “pena é a perda de bens
jurídicos imposta pelo órgão da justiça a que comete um crime”.
(FRAGOSO).
Embora o legislador da Lei 9.605/98, tenha feito uma tentativa de
codificação dos ilícitos ambientais, mesmo assim, ainda ficaram
alguns tipos penais que não foram abarcados pela mesma.
As penas aplicáveis às pessoas físicas são as privativas de liberdade
e as restritivas de direito.
As penas aplicáveis às pessoas jurídicas são: multa, restritivas de
direitos, prestação de serviços à comunidade e perda de bens e
valores.

Granato E.F.
9.3 A Responsabilidade Penal
da Pessoa Jurídica
A constituição de 1988 admite expressamente a
possibilidade de responsabilizar penalmente a
pessoa jurídica, pelo menos em dois momentos:
- O primeiro quando trata da responsabilização
por delitos contra a ordem econômica; e
- O segundo, quando trata das condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente.

Granato E.F.
9.4 Dos Crimes Contra a
Administração Ambiental
A Lei n.º 9.605/98 dedicou uma seção composta de quatro
artigos (66, 67, 68 e 69) aos crimes contra a administração
ambiental, tipificando condutas criminosas praticadas por
funcionários públicos e por particular, tal era a preocupação
com esta questão:

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou


enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados
técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de
licenciamento ambiental:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Granato E.F.
9.4 Dos Crimes Contra a
Administração Ambiental
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou
permissão em desacordo com as normas ambientais, para as
atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato
autorizativo do Poder Público:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de
fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Granato E.F.
9.4 Dos Crimes Contra a
Administração Ambiental
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público
no trato de questões ambientais:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão
florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo,
laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou
enganoso, inclusive por omissão: (Incluído pela Lei nº 11.284, de
2006)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há
dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da
informação falsa, incompleta ou enganosa.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Se o crime é
culposo.

Granato E.F.
10 A Poluição Ambiental e as
Normas de Controle
Vimos que para os fins protecionista, a noção de
meio ambiente é muito ampla, abrangendo todos
os bens naturais e culturais de valor
juridicamente protegido, desde o solo, as águas,
o ar, a flora e a fauna, as belezas naturais e
artificiais, o ser humano, o patrimônio histórico,
artístico, turístico, paisagístico, monumental,
arqueológico, além das variadas disciplinas
urbanísticas contemporâneas.

Granato E.F.
10.1 Conceito de Poluição
Tanto os doutrinares quanto os legisladores buscaram
uma definição para a poluição. O dicionário de ecologia
e ciência ambientais conceitua poluição como sendo:

- Mudança indesejável no ambiente, geralmente a


introdução de concentrações exageradamente altas de
substância prejudiciais ou perigosas, calor ou ruído;

- A poluição refere–se geralmente aos resultados da


atividade humana, mas a erupções vulcânicas e a
contaminação de um corpo d’água por animais mortos
ou excrementos de animais são também poluição.

Granato E.F.
10.2 Espécies de Poluição
Várias são as espécies e origem da
poluição, algumas espécies são
resultantes de atividades humanas que
provocam modificações desfavoráveis à
qualidade de vida e à saúde e que
precisam ser combatidas veementemente.

Granato E.F.
10.2 Poluição das Águas
O art. 3º do Decreto n.º 50.877, define a poluição
das águas como sendo: qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas das
águas que possa impor em prejuízo à saúde, à
segurança e ao bem-estar das populações e ainda
comprometer a sua utilização para fins agrícolas,
industriais, comerciais, recreativos e principalmente
a existência normal de fauna aquática.

Granato E.F.
10.2.2 Poluição Atmosférica

O Brasil é o maior produtor de carvão vegetal do mundo. Infelizmente, no


país, essa atividade tem como principais características o uso de trabalho
escravo e a poluição do ar gerada pela fumaça dos fornos usados para
fabricar o produto.

Granato E.F.
10.2.2.1 Fenômenos Decorrentes
da Poluição Atmosférica

Efeito Estufa

Destruição de camada de Ozônio

Inversão Térmica

Chuva Ácida

Granato E.F.
10.2.3 Poluição por
Agrotóxico
A constituição Federal, buscou controlar os
agrotóxicos, incumbindo ao Poder Público controlar
a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comprometem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente. (art.225, § 1º,inciso V)

Granato E.F.
10.2.4 Poluição por
Resíduos Sólidos
Na busca de alternativas para sua sobrevivência, o
homem quase sempre excedeu os seus limites,
causando danos e transtornos, e somente
preocupando–se com o meio ambiente ao se dar conta
de cenários dantescos resultantes de seus atos.
Os frutos da evolução tecnológica, é fato, contribuem
com o desenvolvimento da sociedade, porém, há casos
em que técnicas mal-elaboradas, ou mal gerenciadas
geram seqüelas que perduram por muito tempo,
servindo então de exemplos a não serem seguidos.

Granato E.F.
10.2.4.1 Conceito de
Resíduo Sólido
O Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA,
através da resolução n.º 5, de 5 de agosto de 1993,
repete a definição dada pela NBR n.º 10.004, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –
“Resíduos nos estados sólidos e semi-sólido, que
resultam de atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição.Ficam incluídos, nesta
definição os lados provenientes de sistemas de
tratamento de soluções técnicas e economicamente
inviáveis, face à melhor tecnologia disponível”.
Granato E.F.
10.3 Legislação de Apoio
aos Capítulos VIII e IX
Lei n.º 9.605/98. Dispõe sobre as sanções
penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
Decreto n.º 3.179/99 - Dispõe sobre a
especificação das sanções aplicáveis às
condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente
Granato E.F.
11 Das atribuições e Competências
das Autoridades Judiciais e
Ministeriais
11.1 Do Juiz
O Juiz é a autoridade judicial que está
incumbida de proferir julgamentos, manter a
regularidade e a ordem na área de sua
atuação, atingindo como árbitro do Poder
Judiciário nos conflitos de interesses.
O Juiz é graduado em direito e é também
chamado de magistrado.

Granato E.F.
11.2 Do Ministério Público
O Ministério Público é uma instituição una e indivisível,
que entre várias outras importantes funções, deve
zelar pelo equilíbrio entre os poderes, fiscalizando–
os, promover a defesa dos interesses difusos e
coletivos, nas três esferas: civil, administrativas e
criminal. A Constituição Federal, através do art.129,
atribuiu ao Ministério Público como Função
institucional a instauração de inquérito civil e a
propositura da ação civil pública, para a defesa do
meio ambiente, ao lado da ação penal, para coibir a
conduta antijurídica tipificada nas leis penais sobre a
matéria.

Granato E.F.
11.3 Curador do Meio Ambiente
O curador do meio ambiente é um membro do
Ministério Público Estadual, com atribuições de
defender e fazer cumprir as normas ambientais,
agindo de forma independente, já que não faz
parte nem do Poder Legislativo, nem do
Executivo e nem do Judiciário. E como tal têm
a incumbência de promover a Ação Penal e a
Civil Pública, entre outras atribuições
institucionais de sua competência e funciona
como um fiscal da lei.

Granato E.F.
11.4 Autoridade Policial
O Delegado é a maior autoridade policial-civil
numa cidade. É responsável pela presidência
do inquérito policial na sua jurisdição e tem
ainda, juntamente com os policiais, a função de
exercer a polícia judiciária, no sentido de apurar
as infrações penais e sua autoria e cumprir
mandados judiciais expedidos pelo
MAGISTRADO.

Granato E.F.
11.5 Do Poder de Polícia e da
Polícia Administrativa ambiental
É através do poder de polícia que o Poder Público protege
fundamentalmente e precipuamente o meio ambiente e para
compreendermos o poder em matéria ambiental é necessário
o correto entendimento do que seja poder de polícia
administrativa.
“Considera-se poder de polícia a atividade da Administração
Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade regula a prática de ato ou a obstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e
do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público,
à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos” (Art.78 do CTN)

Granato E.F.
12 Convenções, Tratados e Acordos
Internacionais sobre o Meio Ambiente,
em que o Brasil é Signatário
O Brasil é signatário de diversas
Convenções e Acordos Internacionais,
notadamente na área ambiental. Após
assinados pelo Representante do Brasil,
estes atos ratificados através de Decretos
Legislativos e promulgados, através de
Decretos ou mesmo por Lei, passando a
constar do ordenamento positivo nacional.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.1 Supremo Tribunal Federal – STF
BRIGA DE GALOS.
Ação direta de inconstitucionalidade;
Liminar;
Suspensão da eficácia de lei estadual;
Legislação que autoriza e disciplina a realização de
competições entre “galos combatentes”.;
Inconstitucionalidade por submeter os animais a
tratamento cruel;
Inteligência do art. 225, § 1º, VII, da CF.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.2 Tribunal Regional Federal – TRF
PENAL
 Crime contra fauna praticado em unidade de
conservação. Lei 9.605/98, art. 29, § 4º;
 Dosagem da pena;

 Substituição por restritiva de direitos. Lei


9.605/98, art. 8º, inc. I.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.3 Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul – TJRS
 Depósito de lixo em local inapropriado;
 Danos ao meio ambiente;
 Prejuízos comprovados.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.4 Tribunal de Justiça do Estado de Santa
Catarina – TJSC
MINERAÇÃO CABONÍFERA - Fóssil
 Dano ecológico. Interesses meta-individuais;
 Ação Civil pública intentada pelo Ministério Público
Estadual;
 Legitimidade ativa caracterizada;
 Competência da justiça Pública Estadual;
 Argüição incidental de inconstitucionalidade rejeitada;
 Recurso que ataca medida liminar em ação civil pública;
 Existência dos pressupostos concessivos da antecipação
vestibular da prestação jurisdicional.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.5 Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná – TJPR
AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
 Extração de areia;
 Danos causados ao meio ambiente;
 Fato incontroverso;
 Procedência;
 Impugnação;
 Decisão ultra petita;
 Incoerência.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.6 Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo – TJSP
MEIO AMBIENTE
 Erosão do solo (voçoroca) provocada, em
propriedade particular, por implantação de
loteamento em área vizinha, pela Prefeitura, sem
canalização de águas pluviais.

Granato E.F.
12.1 Jurisprudência
12.1.7 Tribunal de Justiça do Estado do Rio
de Janeiro – TJRJ
MEIO AMBIENTE
 Ação Civil Pública;
 Lei Federal 6.938
 Área de restinga e lagoa;
 Aterro;
 Perícia.

Granato E.F.

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